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Economia

A maioria dos brasileiros terminou o ano com o orçamento equilibrado. Uma pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ em parceria com a Ipsos Public Affairs, entre os dias 12 e 20 de dezembro, revelou que 88% dos entrevistados em todo o País chegariam ao final de 2007 sem nenhuma prestação atrasada.

Entre as pessoas que conseguiram pagar todas as contas, 16% afirmaram que sobraria dinheiro ao final de dezembro, enquanto 55% estariam com as contas pagas, mas sem dinheiro sobrando. No entanto, 28% dos mil entrevistados responderam que faltaria dinheiro quando o mês terminasse.

A falta de dinheiro acontecerá em maior escala (31%) entre as pessoas de 16 a 24 anos, e a sobra de dinheiro, entre os brasileiros de 25 a 34 anos (21%).

Gastos

Para os que contarão com sobra de dinheiro, o destino da verba já tem destino. Entre os participantes da pesquisa, 25% responderam que gastarão com alimentação, enquanto 23% vão poupar, em caso de necessidade futura, e 20% vão poupar para gastar posteriormente. Outros 12% vão gastar com lazer e 12%, com roupas.

A reforma no imóvel será a opção de 7% dos entrevistados, enquanto 6% vão preferir pagar contas ou prestação. Já 3% pretendem comprar eletrodomésticos e eletroeletrônicos e outros 2% querem comprar um carro.

Os gastos com alimentação serão maiores entre as mulheres (35%), as pessoas com 60 anos ou mais (38%), com Ensino Médio completo ou incompleto (31%), da classe social C e DE (30% cada). A preocupação com necessidades futuras é maior entre os homens (28%), principalmente da faixa etária dos 45 aos 59 anos.

Já a idéia de poupar para gastar no futuro é maior entre os homens (27%), pessoas de 16 a 24 anos (33%) e integrantes da classe social AB (33%).

Dívidas

A pesquisa ainda revela que aqueles que ganham acima de R$ 1 mil têm alguma prestação atrasada. Entre os que possuem renda familiar inferior a R$ 1 mil, e na média geral este percentual também é de 11%.

Entre os homens, 8% possuem prestações atrasadas; considerando apenas o sexo feminino, este número sobe para 14%. Nas regiões, os percentuais são de 6% no Nordeste, 27% no Norte/Centro-Oeste, 12% no Sudeste e 6% no Sul.

Por faixa etária, o estudo aponta que 9% das pessoas de 16 a 24 anos têm alguma pendência. O índice sobe para 15% entre os consumidores de 25 a 34 anos e 14%, entre os que possuem de 35 a 44 anos. Já na faixa dos 45 a 59 anos, o percentual é de 9% e entre os que têm 60 anos ou mais, de 7%.

Considerando o grau de instrução, o levantamento mostra que o percentual de indivíduos que possuem prestações atrasadas é maior para os com Ensino Médio completo ou não (14%), contra 10% dos que têm primário, 13% dos que fizeram o ginásio e 4% dos com curso superior.

Maioria tem carnê atrasado

Questionados sobre o tipo de prestação que está atrasada, 71% dos entrevistados disseram que são os carnês; 16%, cartões de crédito; 5%, empréstimos com financeiras; 4% cheque especial; 3% empréstimo bancário; 1%, financiamento habitacional.

No caso dos carnês, os destaques ficam com as mulheres (71%), pessoas de 25 a 34 anos (82%), com o ginásio completo ou não (81%), da Região Norte/Centro-Oeste (80%) e com renda familiar de até R$ 1 mil (74%).

Já para as dívidas com cartões de crédito, a preponderância fica com as mulheres (18%), pessoas de 25 a 34 anos (23%), com o ensino superior completo ou não (56%), da Região Nordeste (33%) e com renda familiar acima de R$ 1 mil (35%).

Da redação com informações InfoMoney