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Economia

As vendas no comércio varejista nacional aumentaram 9,6% em 2007, comparadas às do ano anterior. De acordo com o Indicador Serasa de Atividade do Comércio, foi a maior alta desde 2001. As vendas das lojas do varejo especializado cresceram 12,3% no ano passado, em relação ao anterior. Já as vendas dos hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos e bebidas subiram 6,6%.

Na comparação de dezembro do ano passado com o mesmo período do ano anterior, as vendas do varejo cresceram 8,6%. O volume de vendas dos hipermercados e supermercados e do varejo de alimentos e bebidas aumentou 5,2%. As vendas no varejo especializado tiveram elevação de 12,1%.

De acordo com o assessor econômico do Serasa, Carlos Henrique de Almeida, o aumento foi puxado principalmente pelo varejo especializado, que se compõe de lojas de computadores, produtos de informática, veículos e materiais de construção. “O comércio especializado é o de produtos mais caros, portanto, foi o que mais se beneficiou com o aumento do crédito e o real valorizado, trazendo mais oferta de produtos importados no mercado nacional”.

Segundo Almeida, o aumento do crédito para o consumidor em 2007 deve ficar em torno de 33%, mas em 2008 esse número não deve se repetir. Por isso, o comércio pode não ter o mesmo desempenho. “Esperamos um bom ano em 2008, mas provavelmente com crescimento abaixo do de 2007. Temos algumas pressões inflacionárias este ano e um crédito que não vai crescer na mesma razão.”

Almeida afirmou que o comércio especializado também foi o que puxou o crescimento das vendas na comparação dos meses de dezembro, mas reforçou que as vendas nos hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos e bebidas foram prejudicadas pelo aumento dos preços de produtos básicos. “Houve correção de preços em alguns produtos, e isso acabou diminuindo a demanda do consumidor para o segmento. Por isso, o crescimento do setor poderia ter sido maior.”

O economista disse que o crescimento da massa salarial e do emprego formal e a queda na inadimplência determinaram o aumento do crédito em 2007. Ele estima que a inadimplência feche 2008 em 3%. “Tudo vai depender do desempenho da economia em 2008. Nós temos algumas preocupações em termos de economia global, devido ao que assistimos desde ontem no mercado internacional.”

Almeida acredita que, se o governo adotar uma política mais restritiva, como aumento de juros principalmente, haverá desaquecimento e menor demanda por crédito. “Isso acarretaria menor demanda por crédito, menor consumo e, conseqüentemente, queda na produção”, disse ele.

Fonte: Agência Brasil