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Aconteceu na manhã desta segunda-feira, 28, a entrevista coletiva do reitor da Unitins, André Luiz de Matos Gonçalves, que esclareceu os principais pontos do recredenciamento pelo qual a universidade precisa passar para oferecer os novos cursos à distância autorizados pelo MEC.

De acordo com a portaria publicada pelo ministro da educação, Fernando Haddad, a Unitins fica apta a integrar o conjunto de instituições de ensino superior públicas do sistema UAB (Universidade Aberta do Brasil), que visa oferecer cursos de longa distância gratuitos.

Segundo o reitor da universidade, a instituição já estará preparada para oferecer o vestibular para 400 vagas já em setembro deste ano. Gonçalves destacou que serão 4 pólos universitários espalhados pelo Tocantins: Guaraí, Palmas, Cristalândia e Itaguatins. O reitor ressaltou que neste primeiro momento as vagas serão direcionadas para os cursos de Letras e Pedagogia. Segundo ele, o principal objetivo destas ofertas é “licenciar professores que atuarão na formação dos jovens do nosso Estado”. Gonçalves destacou ainda que para o futuro, a Unitins pretende abrigar cerca de 5 mil alunos em diversos cursos.

Preparação dos profissionais

André Luiz de Matos informou que os cursos oferecidos pelo sistema UAB necessitam de um preparo prévio dos professores para se adequarem aos novos moldes digitais da educação à distância. O reitor destacou ainda que serão investidos R mil no preparo destes profissionais. “É preciso preparar nossos professores para a nova plataforma digital da universidade”, afirmou.

Reintegração de alunos afastados

Com o recredenciamento da Unitins, os alunos que foram descredenciados pelo MEC poderão retornar às suas atividades ainda este ano. De acordo com o reitor da universidade, a instituição já está em conversa com a Defensoria Pública do Estado para que os alunos que tenham o interesse em retornar aos estudos, consigam reintegrar o quadro discente da Unitins.

Diferentemente das gestões anteriores, segundo Gonçalves, os estudantes poderão retornar às aulas após pagamento de uma parcela do valor devido à universidade. “Antigamente o aluno tinha que pagar um valor exorbitante para voltar a estudar”, informou.

Indenizações

Sobre as indenizações que devem ser pagas aos estudantes que entraram com processo contra a Obténs o reitor André destacou que estes “são objetos de discussão judicial”, ou seja, ainda dependem de decisão da justiça para serem liberados. No entanto, ele informou que pouco mais de R milhões já foram destinados para o pagamento destes débitos e que do valor total, acredita que cerca de Rnt milhão já tenham sido pagos.

Gratuidade

O reitor da Unitins afirmou que até agosto a universidade já deva receber os novos alunos dos cursos da modalidade presencial. Gonçalves destacou que tanto os estudantes destes novos cursos, quanto os alunos do sistema UAB não precisarão desembolsar nenhum real para estudar. Contudo, os cerca de 50 mil alunos do sistema EADCON espalhados pelo Brasil ainda precisarão continuar pagando suas mensalidades normalmente.

Alcance da UAB

André Luiz de Matos informou que essas novas modalidades de ensino da Unitins começam a entrar em vigor a partir de agosto somente para o Tocantins. No entanto, o reitor destacou que “a partir do próximo semestre os cursos serão abertos para todo o Brasil”.

Alunos de Serviço Social

Dentre os 50 mil alunos do Brasil inteiro descredenciados pelo Ministério da Educação, o reitor da Unitins destacou o caso dos estudantes do curso de Serviço Social da instituição. De acordo com Gonçalves, estes alunos deixaram de se formar por não poderem fazer seus estágios supervisionados. Segundo ele, faltavam tutores para acompanharem os estudantes em seus estágios.

Com o recredenciamento da Unitins, as medidas, de acordo com o reitor, já estão sendo tomadas pela Universidade, juntamente com o governo do Estado. Segundo Gonçalves, existem R milhões em uma conta vinculada à instituição destinados á contratação destes profissionais.

André Luiz frisou ainda que existe um compromisso entre a universidade e o MEC para a solução do impasse dos cerca de 18 mil alunos do curso no Brasil. “Precisamos concluir este curso nos próximos 20 meses”, concluiu.