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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Em breve entrevista concedida durante a sessão da manhã desta terça-feira, 19, na Assembleia Legislativa, a deputada Solange Duailibe (ex-PT) comentou sobre sua expulsão do Partido dos Trabalhadores, consolidada no último sábado, depois de longa reunião do diretório estadual do partido, em Palmas.

A deputada se mostrou bastante decepcionada com a forma como sua exclusão e a do prefeito de Palmas, Raul Filho, foi dirigida pelo PT. “Olha a justificativa da expulsão. Olha a forma arbitrária como ela foi conduzida, sem defesa, sem o direito ao contraditório”, completou.

Ao contrário do que o presidente regional do partido, Donizeti Nogueira, insistia em alegar depois da expulsão do casal de políticos, a deputada frisou que o PT do Tocantins tem pendências pessoais contra ela e o prefeito Raul. “É um partido que não é isento; que tem questões pessoais contra mim e contra o prefeito Raul Filho”, disse.

Mágoas profundas

A deputada, em tom bastante contrariado, frisou que esta foi apenas a gota d’água em sua relação com o Partido dos Trabalhadores do Tocantins. Durante sua entrevista, Solange lembrou de outras oportunidades em que teria sido “vetada” pelo PT. “Eu fui julgada por um partido em que já havia sido condenada. Desde a convenção do ano passado, quando não aceitaram minha candidatura. Depois foi o episódio da presidência da Assembleia”, completou.

Solange ainda questionou a liderança do PT no Tocantins. De acordo com ela, o partido está sob comando unilateral do presidente, em aliança com o prefeito de Colinas do Tocantins, José Santana Neto. “Eles mandam e desmandam no partido. O PT aqui é Santana e Donizeti”, completou.

Em todas as decisões que foram contrárias às colocações de Solange e Raul no PT, o presidente do partido teve respaldo de praticamente todos os membros do diretório estadual; inclusive no ato de sua expulsão, quando a decisão foi tomada por unanimidade.

Recurso

Depois da decisão do partido por expulsar Solange e Raul, os políticos, depois de notificados oficialmente, ainda tem 10 dias para recorrer junto ao Diretório Nacional do partido.

Na última segunda-feira, um grupo de vereadores de Palmas foi à São Paulo para se reunirem com a Executiva Nacional petista. Contudo Solange frisou que, mesmo tendo a intenção de recorrer da decisão do Diretório Estadual tocantinense, não acompanhou os vereadores à capital paulista. “Os vereadores foram apenas se reunir com a Executiva. Só o que teve, foi uma conversa”, disse.

Caso a deputada entre com o recurso junto à Executiva Nacional, segundo o regimento do PT, a decisão de expulsão entra em efeito suspensivo, ou seja, fica revogada até que o caso seja julgado e definido pela entidade.