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Polí­tica

Começando pelo vereador Bismarque do Movimento (PT), ao enfocar a retirada das 300 famílias da fazenda Dom Augusto, em Porto Nacional. Relembrou que, em 2006, a fazenda foi autuada por trabalho escravo e conclamou a toda a sociedade organizada a participar de debates sobre o uso de terras públicas, alegando ainda a discriminação que as pessoas sofrem ao defenderem seus direitos. O governo tem que olhar mais para a reforma agrária, segundo o vereador.

Em um dos diversos apartes, o vereador Milton Neris (PT), frisou que todo parlamentar acolhe o assunto. “Apoio a reforma agrária pois é uma necessidade e o que é necessário é o governo federal acelerar o máximo possível o processo. Não se dever permitir é invasão, é dar taca, bater. O Movimento não errou. O governo é que errou na metodologia da reforma agrária”, pontua o vereador.

Segundo o vereador Jucelino Rodrigues (PRB), o Incra é agente instituidor de favelas rurais pois pega as famílias, assenta-as em determinado local e, por não obterem documentos, nada se consegue fazer. Para o vereador, Incra é sinônimo de encravado, de encrenca. “Tem que mudar a cabeça dos gestores que lá trabalham. Agem de maneira retrógrada.”

Já o vereador Valdemar Júnior (DEM), contribuindo com a linha de raciocínio de Bismarque, acha muito louvável as políticas sociais mas, deve-se atentar para a Constituição Brasileira: o direito de um termina quando começa o de outrem, ou seja, o direito de propriedade tem que ser respeitado. “No Tocantins não se vê nenhum resultado destes assentamentos. Só em Jataí/GO, é que esta ação funciona de fato e de direito.” Para o vereador, o MST é uma organização criminosa vez que apóia ações como a “abril vermelho.” “Precisamos criar leis anti-terror “, finaliza Valdemar Júnior.

O vereador Lúcio Campelo (PR) enfocou o drama dos moradores do Assentamento Manchete que sem os subsídios necessários, sem educação, sem saúde e após o término da concessão de cestas básicas, estão em situação de penúria, de miséria.

Em pronunciamento moderado mas sem deixar de atentar para os gargalos existentes na política de reforma agrária, o presidente da Casa, vereador Ivory de Lira (PT), achou toda a discussão interessante e que, na realidade, ainda não se acertou com uma verdadeira política do setor. Reafirmou que os movimentos sociais surgiram em virtude dos grandes latifúndios mas que há movimentos legítimos.

Fonte: Assessoria de Imprensa/ Câmara de Palmas