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Polí­tica

Foi realizada na manhã desta quinta-feira, 12, na presidência da Assembleia Legislativa, a reunião entre os deputados estaduais e representantes da Ceste, empresa responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE Estreito), na divisa entre os estados do Tocantins e Maranhão.

De acordo com o deputado Raimundo Palito (PP), presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, na reunião foram apresentados os diagnósticos sobre a atual situação das cidades ao redor das obras da usina.

A reunião com a empresa foi marcada depois que um grupo de deputados do Maranhão estiveram em visita ao Tocantins trazendo uma lista de alegações contrárias à construção da UHE. Entre as principais queixas trazidas pelos parlamentares maranhenses estão a grande mortalidade de peixes na região da usina.

Alegações

Segundo os dados dos parlamentares do Maranhão, a mortalidade já atingiu 25 mil quilos de peixes. “Eles (Ceste) nos passaram que foi em 5 mil quilos”, completou Palito. De acordo com o deputado, a principal causa da morte dos peixes foi a alta compressão da água, causada pela instalação das turbinas da usina.

Outra alegação contra a construção da UHE Estreito é a de que, com o enchimento do lago da hidrelétrica, o lençol freático da região se eleva, transbordando as fossas sanitárias e levando os detritos ao rio.

Além destas, de acordo com as informações trazidas pelos deputados do Maranhão, outra indicação contra a usina é que a empresa estaria desrespeitando Áreas de Proteção Permanente. De acordo com Palito, no entanto, os representantes da Ceste informaram que a empresa respeita as APP’s e que todas as áreas degradadas estão sendo devidamente reflorestadas.

Encontro marcado

Depois das discussões acerca da situação na Usina Hidrelétrica de Estreito, ficou definido que os deputados do Tocantins irão aproveitar o congresso da União Nacional dos Legisladores Estaduais (Unale) para se encontrar com os deputados maranhenses e combinar uma visita às instalações da UHE Estreito. “Depois disso, se caso for necessário, vamos marcar uma audiência pública para discutir esse assunto”, completou.

O deputado ainda informou que, mesmo que não seja definida a necessidade da audiência pelos deputados depois da visita à UHE Estreito, ele e os demais deputados participarão de todo tipo de audiência marcada pela população.