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Polí­cia

Foto: Divulgação

A reprodução simulada da morte do trabalhador Everaldo Moraes de Araújo em frente à pizzaria Paço do Pão que estava marcada para começar a partir das 19h de ontem, só começou às 21h20, se arrastando até as 2h da madrugada desta terça-feira, 17.

Compareceram à simulação, o presidente do inquérito militar tenente coronel Edvan e o major Bento que chegou ao local às 18h30min, a promotora de Justiça, Cristina Seuser e membros do Centro de Direitos Humanos de Palmas chegaram às 19h. O deputado estadual Freire Júnior (PSDB) que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Tocantins também acompanhou discretamente os trabalhos a partir da pizzaria.

Antes de começar a reprodução simulada no local, a perícia dispensou três testemunha das seis no local, as testemunhas e os dois assaltantes que se envolveram na morte do trabalhador Everaldo foram ouvidos pela perícia na DEIC, as falas e as imagens dos citados foram gravadas em DVD.

Por volta das 21h os veículos do Gote chegaram com os dois assaltante envolvidos no caso, Pablo Mateus Ferreira Araújo e Diego Jardim da Silva. Durante a reprodução simulada o presidente do IM, fazia varias anotações e a promotora olhava atentamente a simulação.

A Reprodução simulada foi dividida em três etapas: 1º os assaltantes; 2º as testemunhas; 3º os policiais envolvidos na perseguição e na ocorrência. A pizzaria Paço do Pão local, onde a vitima foi morta, funcionou normalmente, clientes puderam acompanhar a simulação à distância.

Os assaltantes

O primeiro a participar da simulação foi Pablo Mateus Ferreira Araújo, que conduzia a moto no momento onde a vitima foi alvejada. O assaltante foi orientado pelas peritas e mostrou o percurso da moto e a distância dos veículos para a moto no momento que adentraram no estacionamento da pizzaria até a fuga ao lado do Banco do Brasil.

O segundo acusado, Diego Jardim da Silva, estava na garupa da moto e durante a perseguição policial foi alvejado com um tiro no pé esquerdo, a participação dele na reprodução foi rápida, os envolvidos sempre orientados pela perícia, mostravam o posicionamento exato onde passou com a moto, distância do meio fio da calçada até a moto e distância da moto para os veículos que os perseguiam. Depois da participação na reprodução simulada os assaltantes voltaram para a CCP, onde estão presos, aguardando a decisão da justiça.

As testemunhas

A primeira testemunha não teve seu nome revelado, sendo um homem magro, moreno e estava encapuzado, a equipe da perícia trabalhava com fixação no percurso da moto dos assaltantes e dos veículos envolvidos na cena do crime, a testemunha assinalava a distância entre a moto e o veículo, o que deu pra perceber que esta testemunha estava no Pit Dog ao lado da oficina de lanternagem Verona, ele não era uma testemunha que estava na pizzaria, pela cena onde ele teve participava.

Os investigados

De acordo com o titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais Complexas (Deic), Evaldo Gomes, alguns PMs se negaram a participar da reprodução, e durante o interrogatório se mantiveram em silêncio. “Até o final desta semana o inquérito vai ser concluído na sua totalidade e remetido para a justiça”, disse o delegado.

Presidente do IM

O presidente do inquérito militar, tenente-coronel, Edvan, indagado sobre a perícia, disse que vai esperar a conclusão para depois se manifestar. “A policia não sai de casa para matar trabalhador e nem cidadão de bem. Somos pagos para protege a população. Queremos a verdade dos fatos” disse Edvan.

A perícia

Duas equipes de peritos se dividiram na cena do crime, quatro peritas (as mulheres) trabalhavam no percurso dos veículos envolvidos, e os peritos (os homens) a direção dos tiros.