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Estado

Mudar a realidade da comunidade ribeirinha, aquecer a economia local por meio da geração de emprego e renda e fortalecer políticas públicas voltadas a segurança alimentar, estes são alguns dos benefícios que a piscicultura gera e é por esta razão que a área tem sido uma das prioridade do governo do Estado, a exemplo da implantação das ações de valorização, capacitação e apoio às colônias dos trabalhadores que vivem do pescado no Tocantins.

De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores de Palmas, Davi Rodrigues de Sousa, o incentivo do governo sinaliza melhorias para classe que reúne apenas na capital, aproximadamente, 300 pescadores. “ A iniciativa traz uma perspectiva de mudança de vida e uma nova visão de futuro para os pescadores do Estado, que há muito tempo lutavam por esse reconhecimento”, disse Sousa.

Atualmente existem 36 colônias de pescadores em todo Estado e o fortalecimento destas instituições acontece por meio do projeto Piratins promovido pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário (Seagro), através da Subsecretaria da Pesca e Aquicultura, e demais parceiros.

O projeto, que tem como meta a organização e o fortalecimento da cadeia produtiva da pesca e aquicultura, pretende implantar 50 tanques-rede, com seis metros cúbicos cada, em 11 municípios contemplados a exemplo de Paranã, São Salvador, Peixe, Almas, Ipueiras, Palmas, Porto Nacional, Brejinho do Nazaré, Tocantinia, Lajeado e Miracema. A previsão é que cada tanque-rede produza aproximadamente 500 kg de peixe por safra, sendo duas safras por ano.

Por meio do Piratins cerca de 980 famílias serão contempladas com as políticas de apoio a psicultura, beneficiando aproximadamente quase quatro mil pessoas envolvidas na criação de peixes no Estado. “Para nós esse apoio do Governo é muito importante, pois mesmo estando há quatro anos formalizada, nossa colônia nunca teve esse reconhecimento”, enfatiza Sousa.

De acordo com o presidente, com o Projeto os pescadores poderão ter acesso ao conhecimento e isso vai tornar a atividade da pesca mais rentável.”O Piratins vai possibilitar o acesso ao conhecimento, eles receberão capacitação de como processar o pescado e isso vai fazer toda diferença. É um enriquecimento para o pescador, que começa sonhar com um novo futuro”, afirma.

Parcerias e integração

De acordo com a diretora de Pesca da Seagro, Maria do Carmo Santos Teixeira, o programa já realiza ações por meio de um trabalho integrado, em parceria com diversas instituições. “Estamos trabalhando em parceria e diversas ações já estão sendo realizadas, como por exemplo, oficinas de capacitação. Nesse momento estamos buscando a capitação de recursos junto ao Ministério da Integração Nacional, para dar continuidade as ações que estão sendo desenvolvidas”, enfatiza a diretora, destacando também que o recurso vai viabilizar a instalação de mais tanques-rede.

Além das colônias de pescadores participam do projeto os seguintes órgãos: Adapec, Associação de Pescadores do Tocantins, ATM, Consorcio Intermunicipal do Lago, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Confederação Nacional de Agricultura, Embrapa Pesca e Agricultura, Ibama, a Enerpeixe, Investico, IFTO, Naturatins, Ruraltins, Secretaria das Cidades, Superintendencia Federal de Aquicultura e Pesca no Tocantins e as prefeituras dos municípios atendidos pelo projeto.

Próximas ações

Segundo Maria do Carmo entre as próximas ações que serão realizadas pelo projeto está a capacitação de técnicos que serão multiplicadores de conhecimentos nas colônias. “Por meio de um termo de convênio entre a Secretaria da Ciência e Tecnologia, Unitins, UFT e o IFTO a idéia é capacitar técnicos que se tornarão multiplicadores dos conhecimento levando os mesmos aos pescadores e suas famílias”, explica.

Benefícios

A diretora enfatiza ainda que o Piratins, além de gerar aquecimento da economia nos municípios com a novos postos de trabalho também vai ajudar no reforço da alimentação escolar. “A idéia é utilizar a produção das colônias na alimentação escolar, inserindo o peixe nessa alimentação. Serão quase 80 mil alunos, que vão receber o pescado em escolas municipais, estaduais e nos pioneiros mirins. Isso vai melhorar a alimentação e também aquecer a economia”, conclui Maria do Carmo.

Fonte: Secom