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Estado

Em audiência pública, realizada na última terça-feira, 21, no plenarinho da Assembleia Legislativa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins (Sintras-TO), Manoel Pereira de Miranda, disse ter sido desnecessário o decreto de calamidade, uma vez que as unidades de saúde estão funcionando, assim como os órgãos fiscalizadores. Ele lembrou que para tomar tal decisão o Conselho de Saúde não foi procurado. “Respeito a decisão do governo, mas acho que o decreto não era necessário”, disse Miranda.

Para o presidente do Sintras a terceirização, que deverá ocorrer em breve, não irá resolver os problemas da saúde no Estado. “Ela só vai resolver a questão do atendimento nos hospitais, o problema maior está na atenção básica e lá nós não temos atendimento eficaz. Além disso, se você terceiriza você repassa recursos, mas quem presta conta desses recursos é o gestor”, frisou Miranda.

Ele disse ainda que tem visitado os municípios e disse que os mesmos estão com dificuldades financeiras para manter a ponta, ou seja, a Atenção Básica, que faz a prevenção, que evita a super lotação dos hospitais e é nisto que os gestores devem se focar. “Temos que trabalhar na prevenção, trabalhando nela estaremos evitando problemas futuros”.

Outro ponto lembrado pelo presidente do Sintras é que muitos culpam os servidores pelos fatos ocorridos. “O que não é verdade, uma vez que a grande maioria esta comprometida com a Saúde”.

Estiveram presentes ainda na audiência representes sindicais de outras categorias da Saúde, do Ministério Público, Defensoria Pública, deputados Estaduais, o secretário de Saúde, Arnaldo Alves Nunes, dentre outros.

O secretário da saúde Arnaldo Nunes deu explicações sobre assuntos relacionados à saúde pública do Estado e especificamente sobre o decreto de calamidade e o convênio assinado com a CMB. De acordo com o secretário, há necessidade da secretaria se adequar a função de controlador eavaliador e não mais de executor. “Nós encontramos na saúde uma situação difícil, fizemos relatório, diagnóstico funcional, verificamos os relatórios da vigilância sanitária, tudo isso para perceber como estava o setor e a situação está difícil. Por isso foi dado o decreto”.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sintras