Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Depois de ficar três meses desativado, aguardando as reformas e adequações necessárias, o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Palmas, que atende jovens e adolescentes de várias regiões do Estado, deverá ser interditado. Esse foi o pedido feito à Justiça pelo MPE e Defensoria Pública, nesta semana.

Em junho deste ano, após diversas vistorias realizadas no Centro, que apontaram problemas no sistema sanitário e na estrutura física, falta de água, equipe sem formação adequada e outras irregularidades, as Instituições pediram a suspensão das atividades do Centro até que o Estado promovesse todas as adequações necessárias. Com a paralisação, os adolescentes foram transferidos, no início de julho, para o Centro de Internação Provisória (Ceip), sem estrutura adequada para recebê-los, até que a situação fosse regularizada.

Em acordo firmado com o MPE, Defensoria Pública e Juizado da Infância e Juventude, a então Secretaria de Segurança, Justiça e Cidadania (SSJC) comprometeu-se a providenciar a reforma das instalações, reestruturação física, capacitação da equipe de atendimento e elaboração de uma nova proposta pedagógica da entidade em até 90 dias, mas o acordo foi descumprido.

Diante da omissão do Estado em assegurar as condições mínimas para acolhimento dos adolescentes, o MPE e Defensoria Pública requerem à Justiça que determine a interdição do Centro, até que nova inspeção pelos órgãos competentes permita a retomada das atividades. Pedem também que os adolescentes cujas famílias residem em Palmas fiquem em liberdade assistida, e que os provenientes de outras comarcas sejam encaminhados a sua cidade de origem, acompanhados das respectivas cartas precatórias. (Ascom MPE)