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Polí­cia

Foto: Dicom UFT

Foto: Dicom UFT

O reitor da Universidade Federal do Tocantins, Alan Barbiero, juntamente o representante da Comissão Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial da instituição (Ceppir), Elson Silva Carvalho, visitou na tarde dessa quinta-feira, 2, o Secretário de Segurança Pública do Estado, João Fonseca Coelho, para pedir agilidade na apuração dos fatos ligados ao assassinato do antropólogo, professor e coordenador do curso de Ciências Sociais da UFT, Cleides Antônio Amorim. Ele foi morto em Tocantinópolis, no último dia 5 de janeiro.

Barbiero também colocou a Universidade à disposição como uma parceira da Secretaria na implantação de uma política forte para coibir os crimes de homofobia no Estado. “O professor Cleides era uma pessoa muito ativa na Universidade e sua morte suscitou vários debates rígidos dentro da instituição, por isso queremos potencializar as ações preventivas voltadas à homofobia”, afirmou o reitor.

Para o representante da Ceppir, o que tem acontecido historicamente é que as pessoas só agem depois que ocorre algo. “Precisamos agir preventivamente e o que nós podemos oferecer é a educação. Nesse sentido, criar uma linha para que haja sensibilização dos agentes, dos delegados; oferecendo a comissão e os grupos organizados da Universidade, para que possam contribuir neste sentido, formalizar contatos e fazer uma força tarefa entre a sociedade civil, o Governo Federal e o Governo Estadual para que possamos combater essas ações que tanto tem maculado nosso estado”.

O caso do professor Amorim também foi tema de debate dos dois conselhos superiores da Universidade, o Conselho Universitário (Consuni) e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que em suas últimas reuniões aprovaram uma nota sobre o caso. No documento, eles “posicionam-se pela apuração célere e rigorosa dos fatos, com a subsequente responsabilização, para que afastada a impunidade possa haver, na vida social brasileira, uma coexistência respeitosa entre todos e todas, acolhendo a diversidade étnica, política, religiosa, sexual, entre outras”.

Confira abaixo a nota na íntegra

NOTA

O Conselho Universitário (Consuni) e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) expressam seu repúdio e indignada tristeza pelo trágico assassinato, no dia 5 de janeiro de 2012, do brilhante antropólogo, professor e coordenador do Curso de Ciências Sociais do Campus de Tocantinópolis, Cleides Antônio Amorim, vítima de ação brutal.

Posicionam-se pela apuração célere e rigorosa dos fatos, com a subsequente responsabilização, para que afastada a impunidade possa haver, na vida social brasileira, uma coexistência respeitosa entre todos e todas, acolhendo a diversidade étnica, política, religiosa, sexual, entre outras.

A universidade assume sua histórica missão em fomentar o conhecimento amplo e plural, alicerçador de práticas sociais justas, solidárias e democráticas.

Basta de intolerância e violência!

CONSELHOUNIVERSITÁRIO (CONSUNI)
CONSELHO DEENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CONSEPE)
UFT

(Dicom UFT)