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Cultura

Patrimônio, turismo, educação e transporte, são temas ligados a cultura que renderam muitas propostas na quarta edição do mini-fórum do Cultura 10 (Fórum Permanente para a Elaboração do Plano Municipal de Cultura – PMCP), neste sábado, 05, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. O próximo encontro acontece na região de Taquaralto, no dia 12 de maio.

Estavam presentes as instituições: Cia de Teatro Chama Viva, Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), Associação dos Artistas Visuais do Tocantins (Avisto), Associação Palmense e Tocantinense de Letras (APL e ATL), Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Tocantins, Universidade Federal do Tocantins e outras organizações informais.

O diretor de difusão e articulação da Fundação Cultural de Palmas (FCP) Cícero Belém abriu a discussão do fórum, destacando a importância de levantar todas as necessidades relacionadas a cultura da região para que todas as demandas apontadas nos mini-fóruns sejam apresentadas no dia 1º de junho, em audiência pública.

O representante local da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), Jeremias Moreira, falou da necessidade em mapear e documentar a música dos artistas locais. “É uma oportunidade para buscarmos suporte para agregar um entendimento entre poder público e classe artística porque a música tem um grande peso na cultura” ressaltou Moreira.

Outro ponto levantado no encontro foi a necessidade em criar um aspecto de alta temporada permanente para a cidade, de forma que o clima favoreça e não choque com a temporada de outros estados. “Precisamos criar um roteiro cultural bem definido com base no turismo e no patrimônio da cidade” argumentou o analista de acervo histórico da Casa da Cultura Antônio Filho.

Ainda neste gancho, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia José Arcanjo Pereira reforçou a importância em construir este calendário cultural embasado nos produtos culturais que Palmas tem para oferecer. “Temos que definir a identidade da cidade para que os turistas possam levar de Palmas lembranças que realmente remetam a cultura local”, destacou o secretário.

Patrimônio

Questões relacionadas ao patrimônio foram altamente discutidas entre os participantes, principalmente com relação ao planejamento de políticas publicas de longo prazo que sejam sustentáveis, como a criação de novos bens culturais e a revitalização dos que já existem. Alguns dos exemplos são a Casa Suçuapara, localizada no Parque Cesamar, o arquivo municipal de fotos e também o registro dos patrimônios imateriais, ou seja, o registro das manifestações culturais, como é o caso do movimento quadrilheiro de Palmas.

Houve ainda apreocupação com patrimônio turístico. “Precisamos trabalhar a questão do uso do solo de maneira que não ofusque a beleza da serra, nela encontramos paredões de pintura rupestres ainda não catalogados que estão se perdendo, esta revitalização precisa entrar no Plano urgente” frisou Diego Brito, produtor e professor de música.

Brito também sugeriu que o Plano tenha diretrizes que contemple a formação de novos artistas. “É necessário uma política no sentido de fortalecer a questão da educação, queé a base para a formação de novos artistas nas artes cênicas, visuais e musical e para isto o educador precisa de todos aparatos, como um bom equipamento cultural, novos Centros de Criatividade”, ressaltou.

Cláudio Montanari, presidente da Avisto sugeriu que a política dos editais seja permanente no que tange as exposições dos artistas plásticos e ainda levantou a necessidade da criação de um roteiro cultural nos pontos turísticos da cidade para que o município disponibilize uma linha de ônibus que faça este itinerário.

Para encerrar, Luciane de Marque, chefe de gabinete da FCP comentou sobre a questão orçamentária que segundo ela é fundamental enquanto meta do Plano. “Dentro desta perspectiva, precisamos repensar a estrutura da FCP de modo que possa atender a demanda crescente apresentada pela sociedade ”, disse.

Plenária final

Após realização dos fóruns comunitários, haverá a plenária final, realizada no dia primeiro de junho, onde será apresentada uma minuta com as proposições e as moções levantadas nos mini-fóruns para que seja aprovada em audiência pública com ampla participação do poder público, sociedade civil e entidades que atuem no município.

Os mini-fóruns acontecem nas diversas regiões do município com intuito de levantar as demandas culturais da cidade para a construção do PMCP no decênio 2012-2021. O PMCP seguirá as matrizes definidas no Plano Nacional de Cultura, conforme a lei n° 12.343, de dezembro de 2010 para implementar políticas públicas de Estado que garantam o acesso ao setor das culturas e das artes, tais como fomento, criação, produção, preservação, difusão. (Ascop)