Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Educação

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Representantes das entidades ligadas aos professores e técnicos administrativos das universidades e institutos federais estiveram nesta quarta-feira, 13, pedindo o apoio dos deputados da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados nas negociações com o Governo Federal sobre as reivindicações da categoria. Os professores deflagraram greve há quase um mês e atinge 55 instituições federais e mais de um milhão de estudantes.

O presidente da Federação do Sindicato dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) Roberto Rolim disse que a negociação com o Governo Federal acontece desde setembro do ano passado e que até hoje não teve avanços significativos. Rolim pediu apoio da CEC para trabalhar junto do Governo Federal uma proposta mais concreta em relação às reivindicações da categoria.

O coordenador de organização sindical da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Federais (Fasubra) Ronaldo Ribeiro citou que os funcionários das universidades e institutos federais têm o menor piso do quadro de servidores federais. “Precisamos fazer uma discussão mais concreta sobre a carreira. Desde o ano passado realizamos 52 reuniões com o Governo Federal, mas sem avanço significativo”, disse.

Para a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (Democratas/TO), que é membro da comissão, a frequente realização de greve dos professores tanto da educação básica quanto a superior pública mostra que o Governo Federal não trata a Educação como prioridade e que é importante que a área receba os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para garantir maior valorização da categoria.

Reivindicações


Os professores reivindicam a equiparação salarial aos pesquisadores do Ministério da Ciência e Tecnologia, a retirada da nova forma de cálculo da insalubridade e periculosidade da MP 568/2012, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores federais; a progressão de D1 para D3 dos professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico portadores de títulos de mestrado ou doutorado, enquanto não for regulamentado o Art.120 da Lei 11.784/2009 (trata sobre o plano geral de cargos do Poder Executivo); e a continuidade, com qualidade, do processo de expansão de Universidades e Institutos Federais.

Reunião com Mercadante


Durante a reunião, nesta terça-feira, com representantes da CEC, o ministro da Educação Aluízio Mercadante pediu uma “trégua” de 20 dias aos professores federais para continuar as negociações. Segundo o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, ao final desse período, o Governo Federal assume o compromisso
de resolver o acordo sobre a reestruturação da carreira, principal reivindicação dos professores. (Ascom Dorinha Seabra)