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Foto: Divulgação

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O setor de criação de aves para comercialização vive um momento de consolidação e crescimento no Tocantins. Diante disso, a Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário – alerta os avicultores e quem pretende entrar para o setor para os cuidados que devem ser redobrados neste período de seca, que segue até outubro.

O zootecnista da Seagro, Sílvio de Oliveira, explica que o monitoramento das aves neste período deve ser ainda mais criterioso, já que uma falha no sistema de refrigeração pode prejudicar todo o plantel e causar alta mortalidade das aves. “Os umidificadores de ar são imprescindíveis para a sobrevivência dos animais em confinamento, além disso, as aves devem ter água e comida à disposição sempre”, alerta Oliveira.

Atualmente, o Estado produz 4,8 milhões de aves para corte, a cada ciclo de 60 dias, segundo dados da Adapec – Agência de Defesa Agropecuária. A população total de aves, comerciais e de subsistência (agricultura familiar) é de 7.223.820, representando a segunda atividade mais expressiva da produção pecuária tocantinense.

Segundo a Avinto – Associação dos Avicultores do Tocantins, o Estado tem pouco mais de 200 galpões, mas a necessidade das indústrias é que esse número seja ampliado para 450. Diante do cenário positivo, duas das três empresas do Tocantins estão integrando novos criadores de aves para corte.

A responsável técnica pelo Pesa - Programa Estadual de Sanidade Avícola da Adapec, Carolina Ribeiro, conta que representantes da Asa Norte, em Tocantinópolis, e Frango Norte, em Paraíso do Tocantins, terão em breve 30 novos integradores cada. “A atividade está crescendo muito e a tendência é só aumentar”, comentou, acrescentando que estes produtores já tiveram seus financiamentos aprovados.

De acordo com o zootecnista da Seagro, Sílvio de Oliveira, a atividade funciona da seguinte forma: o produtor investe na construção dos galpões, com comedouros e bebedouros automatizados, silos para ração e ainda um eficiente sistema de refrigeração, além da mão de obra. O custo com a construção de um galpão, com capacidade para 20 mil aves, gira em torno de R$ 400 mil. “As empresas custeiam o pintinho de um dia, insumos como ração, vacinas, além do transporte dos pintinhos e dos frangos para o abate e profissionais para assistência técnica”, diz.

De acordo com o primeiro secretário da Avinto, Raimundo Alves Ferreira, o custo para o criador é em média R$ 0,22 por ave. Depois de sessenta dias, os animais são pesados e é mensurado o custo com ração e também a mortalidade durante o período de criação e engorda. “Destes cálculos a gente tira um índice de produtividade que pode variar entre R$ 0,34 a R$ 0,65 por ave vendida”, contou Ferreira, que também é produtor e está ampliando os dois galpões que tem e pretende construir um novo. “Meus galpões têm capacidade para 20 mil aves cada e agora vão alojar 36 mil. A intenção é em breve construir meu terceiro galpão de 36 mil aves”, declarou o criador.

Cenário

O panorama é tão positivo que os produtores comemoram a independência do setor. “A quantidade da nossa produção já é tão boa que temos compradores garantidos e seguros. Se uma empresa mudar será substituída facilmente por outra”, falou o representante da Avinto, Raimundo Ferreira.

Avicultura de subsistência

A ave criada no sistema de subsistência demora em média 120 dias para chegar ao ponto de venda e é uma alternativa a mais para pequenos produtores e agricultores familiares complementarem a renda. O número destes animais também vem crescendo significativamente. De novembro de 2010 para o mesmo período de 2011, segundo a Adapec, a cultura registrou um crescimento de 8,32%, pulando de 2.217.244 para 2.401.820 aves. Aumento maior que a média de crescimento da avicultura no Brasil, que é de 5,65% ao ano.

Empresas integradoras para produção de frango de corte

Produtores integrados

Município Sede

Capacidade de produção-por ciclo

Asa Norte

53 avicultores

Tocantinópolis

3.000.000

Frango Norte

24

Paraíso

1.200.000

St ª Isabel Alimentos

17

Araguaína

622.000

(Ascom Seagro)