Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

Foto: Koró Rocha

Foto: Koró Rocha

Em dia de pronunciamentos contundentes na Assembleia Legislativa, o deputado Wanderlei Barbosa (PSB) subiu à tribuna para tecer duras críticas ao seu partido, o PSB. Na ocasião, o deputado ainda confirmou que não subirá a nenhum palanque nas eleições deste ano, por questões partidárias, mas que nos bastidores irá apoiar a aliança conhecida como terceira via, que traz o empresário Carlos Amastha (PP) como candidato a prefeito e o deputado Sargento Aragão (PPS) como seu vice.

Wanderlei subiu à tribuna depois que o deputado José Bonifácio (PR) cobrou uma postura mais combativa da bancada de oposição depois dos emparelhamentos políticos na composição de chapas e coligações para a eleição deste ano. Na ocasião, Bonifácio criticou, ainda, um suposto consenso entre governo e oposição também na eleição da Mesa Diretora da AL. “O primeiro critério de um candidato é pedir voto e quem me pediu voto foi o deputado Sandoval Cardoso. E isso não modifica meu critério de oposição”, completou.

Críticas ao PSB

Durante sua fala, o deputado lembrou que foi preterido dentro de seu partido quando de sua pré-candidatura à Prefeitura de Palmas. Depois de muitas discussões e polêmicas, o PSB abriu mão de uma candidatura própria para indicar o professor Alan Barbiero como vice na chapa da deputada Luana Ribeiro (PR). Indignado, o deputado destacou que chegou a ser deixado de lado, ainda em reuniões internas do partido. “Eu cheguei ao absurdo de participar de reuniões do partido e não ser chamado à mesa. Agora querem me levar ao palanque. O partido chegou a dizer que se eu ganhasse a convenção, fariam uma intervenção no partido, mas eu não sairia candidato”, lembrou.

O deputado informou que só não subirá abertamente no palanque de Amastha e Aragão por questão de fidelidade partidária, mas que seu apoio será para a chamada terceira via nas eleições deste ano. “Por questões partidárias poderei não subir em seu palanque pela fidelidade partidária. Mas acredito que a sua candidatura será a melhor alternativa. Eu vou ficar sem palanque nesta eleição. Mas não sigo meu partido por que meu partido não me seguiu em nenhum momento”, disse ao deputado do PPS.

Eli Borges

Outro descontente com a decisão de seu partido, o deputado Eli Borges (PMDB) também subiu à tribuna da Casa de Leis para manifestar sua decepção pela indicação de Cirlene Pugliese (PMDB) como vice de Marcelo Lelis (PV). “Fomos preteridos naquele processo que estávamos conversando em que pese todas as garantias de que um de nós seríamos o candidato a prefeito da capital”, citou.

Mesmo com seu partido assumindo um apoio à candidatura governista para a Prefeitura de Palmas, o deputado frisou que pretende permanecer na oposição ao governador Siqueira Campos (PSDB), na Assembleia Legislativa. “O tempo e a história deixarão claro que o deputado Eli Borges não mudou sua postura política em nenhum milímetro. Fui eleito na oposição e em nenhum momento minha posição sofreu ou sofrerá alteração”, concluiu.

Já o deputado Iderval Silva (PMDB) também tentou justificar o injustificável e isentou Eli Borges da coligação com a base governista nas eleições de Palmas, na figura de Marcelo Lelis. De acordo com o deputado, Eli Borges não participou das negociações que levaram o PMDB a indicar a vice na chapa de Lelis. "Nos restou somente duas opções: a União do Tocantins 1 e a União do Tocantins 2. O deputado Eli não teve participação nesta composição. Foi tudo por conta do diretório do partido", completou.