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Cultura

Foto: Divulgação

Reunindo acadêmicos de 16 Academias de Letras do País e outras sete do Tocantins, o Encontro Nacional das Academias de Letras do Brasil, primeiro a ser realizado em solo tocantinense, está realizando, durante a Feira Literária Internacional do Tocantins (Flit), em Palmas, diversas mesas-redondas para discutir a literatura e as ações públicas voltadas a disseminá-la entre os brasileiros. O evento, ocorrido no auditório do Palácio Araguaia, contou com a presença de dezenas de imortais, além do secretário estadual da Educação, Danilo de Melo Souza, o presidente da Academia Tocantinense de Letras (ATL), Juarez Moreira Filho, e do presidente da Academia Palmense de Letras (APL), Odir Rocha.

De acordo com Juarez Moreira, que presidiu a sessão de debates, o encontro entre as Academias vai ao encontro dos próprios objetivos primeiros da Flit. “O que mais desejamos e procuramos realizar o aumento do número de leitores e, também, a maior aproximação destes dos livros. Ou seja, tanto as discussões que vão ocorrer entre os acadêmicos de todo o Brasil, inclusive os tocantinenses, e as atividades diversificadas da Flit apontam para um caminho, que é a promoção da literatura e da cultura da leitura. Por isto, estamos muito satisfeitos por sermos os anfitriões desta grande união de pensamentos e ações a favor da literatura, e isto só foi possível a partir da parceria do governo do Estado, por meio da Seduc (Secretaria Estadual da Educação) com as Academias do Tocantins”, destacou o presidente da ATL.

Para Odir Rocha, receber o encontro mostra o quanto o Tocantins, a literatura tocantinense e a Flit são prestigiados. “Todos nós devemos receber os parabéns por participar de um evento como este, até então, sinceramente, inimaginável no nosso Estado, que é o caçula da Federação. O momento é muito importante, pois mostra o prestígio de todos nós e o quanto a literatura ainda é motivo de ações positivas e agregações de forças para que ela cresça. Através das discussões que vamos promover, poderemos ensinar e aprender, e tudo pela Educação e crescimento de todos nós”, afirmou Odir.

Mesas-redondas

As primeiras duas mesas-redondas do Encontro Nacional das Academias de Letras do Brasil, de um total de cinco, divididas em apresentações por região brasileira, abordaram os temas “Atualidades e perspectivas das Academias de Letras”, apresentado pelas Academias do Sul do País, e “O papel das Academias na integração com as escolas públicas e privadas”, capitaneado pelas Academias do Sudeste. Durante as discussões, dentro do primeiro tema, os acadêmicos contextualizaram os confrades sobre a atual conjuntura das respectivas Academias que ocupam, destacando as dificuldades e as parcerias de sucesso, para que possam servir de espelho na busca da melhoria das condições de cada instituição. Sobre as perspectivas, todos foram condizentes ao afirmar que as ações com os públicos diversos, principalmente com as próprias obras dos imortais, além da renovação natural nas cadeiras das Academias, é a certeza da manutenção e do engrandecimento das casas da literatura pelo País, assim como o apoio das mídias na divulgação de conteúdos e propostas voltadas à arte literária.

Já acerca da participação das Academias junto às escolas, foi ressaltado que os imortais não devem ser intocáveis, mas, sim, acessíveis a todos, se fazendo presentes e atuantes em diferentes instâncias, principalmente nas escolares, onde o trabalho de formação de novos leitores deve ser assíduo, buscando criar vinculações mais orgânicas, íntimas, criando canais de diálogo sem fronteiras burocráticas. Os acadêmicos, em debate, reconhecem, também, o valor das novas ferramentas tecnológicas, como a internet, que podem ser utilizadas para conquistar um público diferenciado, mais ligado às leituras digitais, por exemplo.

Carta de propostas

Segundo o secretário Danilo de Melo, o papel da Seduc é incentivar ações como o Encontro Nacional e, para a ocasião, foi sugerido que as discussões sejam redigidas para, posteriormente, serem publicadas em uma obra. “Os acadêmicos são os guardiões imortais dos livros e é função nossa promover tudo aquilo que os envolva e, consequentemente, a popularização do livro e da leitura. Por isto, a Seduc estimula os educadores a participarem da Flit, inclusive com apoio financeiro para translado e cheque-livro, os alunos, com o Festa (Festival de Artes do Tocantins), que tem a modalidade poesia e oratória, e a população geral, justamente com a oferta de atividades literárias diversificadas e gratuitas. Além disto, nós sugerimos que a manifestação das discussões de todas as cinco mesas-redondas sejam formalizadas em texto, para que possamos publicá-lo, permitindo a expansão das ideias que os maiores intelectuais da nossa literatura brasileira estão apresentando por aqui, na Flit”, disse Danilo de Melo. (Ascom Seduc)