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Polí­tica

O Ministério Público Eleitoral de Porto Nacional aguarda a conclusão das investigações da Polícia Federal para ingressar com ação de captação ilícita de sufrágio e crime por compra de votos contra a coligação “Porto tem Pressa”, do candidato a prefeito Cleyton Maia.

As apurações começaram na sexta-feira, 21, quando o Promotor de Justiça Eleitoral Abel Leal recebeu denúncias de que a coligação estaria comprando votos de forma notória, em plena luz do dia, em diversos bairros carentes da cidade.

Durante fiscalização in loco, na sexta-feira, o Promotor de Justiça constatou que alguns ônibus haviam se deslocado de Palmas até Porto Nacional com pessoas que estavam visitando as casas de portuenses.“Ao abordar os moradores, estas pessoas, não caracterizadas pela coligação - vestidas com roupas brancas e amarelas – portavam, além de material de campanha, contratos simbólicos de cabo eleitoral no valor de R$ 80,00. Os moradores assinavam os contratos sem lê-los entregavam seus documentos pessoais”, disse o Promotor.

  Ao retornar aos locais da fiscalização no final da tarde do mesmo dia (sexta-feira), o Promotor conversou com diversos moradores que, ainda temerosos, informaram, de forma unânime, que as pessoas de Palmas estavam em Porto para comprar o voto dos cadastrados e não para que trabalhassem como cabos eleitorais.

De acordo com o Promotor de Justiça, no sábado, 22, foram colhidos depoimentos de mais moradores, de outros bairros, não filiados a partidos e que não trabalham para coligações. “Todos os que prestaram depoimento, categoricamente, afirmaram que aquelas pessoas de 'branco e laranja' estavam comprando votos e, em alguns casos, fazendo ameaças”,disse o Promotor.

O Ministério Público Eleitoral ainda investiga a denúncia de que a coligação teria firmado entre seis e sete mil “contratos”,sendo que o dinheiro seria pago aos contratados até o dia 3 de outubro.

Diante dos fatos, o Promotor de Justiça requereu, nesta segunda-feira, 24, a busca e apreensão de mais documentos que ratificariam a comprar de votos, uma vez que o MPE já possuía diversos desses contratos. Os seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em pontos diferentes, inclusive na casa candidato Cleyton Maia e no diretório do PMDB – partido ao qual é filiado.

  O Promotor de Justiça Abel Leal conclama aos moradores de Porto Nacional que não vendam seu voto, seja para quem for. “Além de prejudicar a cidade, isto é um crime”, destaca o Promotor, enfatizando que estará, junto com as polícias civil, militar e federal, atento a qualquer atitude ilícita que possa vir a ser promovida na cidade por parte das coligações. (Com informações do MPE)