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Polí­tica

Foto: Divulgação

Após a posse da Secretaria Estadual de Mulheres do PT, realizado neste domingo, 16, na Câmara Municipal de Palmas, durante o II Seminário Estadual de Mulheres do PT, as petistas vindas de vários municípios do Estado e da capital participaram de debates sobre “O histórico das lutas das mulheres dentro do PT”,  “Mulheres e o Socialismo”, “Mulher e o PED 2013”, e “Políticas Públicas para as Mulheres”. 

A professora doutora Cynthia Mara, da Universidade Federal do Tocantins, falou sobre “O histórico das lutas das mulheres dentro do PT”. Segundo a professora, por muito tempo a história silenciou a participação das mulheres no processo político, mas a luta diária fez com que as mulheres rompessem as dificuldades e começassem a ocupar os espaços. “Num contexto marcado pela ditadura militar, as mulheres se movimentaram nos diversos movimentos sociais e naquele momento perceberam que apenas a participação nos movimentos sociais não era suficiente e as mulheres migraram para os partidos políticos”.

 Cynthia Mara destacou ainda a importância da participação das mulheres na construção do PT. “A construção política do PT pautada em uma visão progressista, desde o inicio, priorizou um projeto partidário que incorporou a luta pela igualdade das mulheres no exercício do poder”.

A professora Aline Kelly, integrante da Marcha Mundial de Mulheres, apresentou uma palestra sobre “Mulheres e Socialismo”, trazendo aos participantes um debate sobre o feminismo, o socialismo e a militância incorporados ao cotidiano como estilo de vida. “ O feminismo nunca veio do entendimento que se tem de acabar com os homens, mas de que as mulheres têm que se sobressair aos homens e conquistar os seus espaços. O feminismo é a teoria e a prática da luta pela libertação das mulheres. As mulheres precisam entender que elas têm o seu espaço na política e se apropriar dele”.

Silvinia Pires, professora e presidenta do PT de Araguaina, falou sobre a “Mulher e o PED 2013”, e reforçou a importância das mulheres ocuparem os espaços de decisão do Partido. “Nós precisamos assumir essas fileiras sem medo de ser feliz, sem medo de lutar e trazer mais mulheres para ocupar esses espaços com igualdade. Esse debate deve chegar aos municípios e cada uma nós tem essa tarefa, nós temos que discutir o gênero de forma macro e nos preparar para ocupar esses espaços”.  

A Conselheira Nacional dos Direitos das Mulheres, Gleidy Braga, trouxe uma apresentação sobre as Políticas Públicas para Mulheres e a ocupação dos espaços. “As mulheres ocupam em maioria as profissões que se aproximam do víeis do cuidado, por exemplo, 91% das vagas nos cursos de Serviço Social são ocupadas por mulheres. Enquanto, os homens são maioria nos cursos de Engenharia. É preciso ter equilíbrio, não dá para os homens ocuparem essas carreiras nos topos”. 

Gleidy Braga trouxe ainda dados dos programas e projetos do Governo Federal e um diagnóstico da participação das mulheres no Governo Dilma e nos mandatos políticos. “A presidenta Dilma veio com o compromisso e a disposição de cumprir a cota de 30% nos ministérios, mas não depende apenas dela, mas das indicações do Partido. Atualmente, dos 37 ministros, 10 são mulheres e todas são do PT, isto representa 27,2% de representação. Em 2010, dos 513 parlamentares apenas 45 eram mulheres, o que correspondia a apenas 8,8% de representação, já dos 81 senadores,  apenas 11 eram mulheres”.  O Governo Federal possui 21 programas que pautam o Direito da Mulher, com 50 objetivos e 211 metas.


O presidente estadual do PT, Donizeti Nogueira, participou do encerramento do evento, e reforçou o compromisso da Direção Estadual com o cumprimento da Resolução do IV Congresso Nacional do PT, realizado em 2011, que definiu que 50% dos cargos de direção do partido serão ocupados por mulheres. (Ascom PT)