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Campo

Foto: Juliano Ribeiro

Parcerias entre produtores, órgãos governamentais e instituições de pesquisas têm proporcionado o desenvolvimento do setor agropecuário do Estado, unindo a isso, terra fértil, clima favorável e excelente logística para escoamento da produção atraem para o Tocantins investidores de outros estados brasileiros como também de vários países. Nesta semana um grupo de investidores do Uruguai está em visita ao Estado para conhecer o potencial agropecuário, principalmente de gado leiteiro e silvicultura. Amanhã o grupo retorna ao País de origem.

Na manhã desta sexta-feira, 25, o grupo acompanhado do coordenador de Desenvolvimento Animal da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Claudio Sayão Lobato, visitou duas propriedades nos municípios de Paraíso do Tocantins e Barrolândia. A primeira é a Fazenda Santa Helena, do grupo José São José, referência em cria, recria e engorda de gado de corte da raça Zebu, o Nelore. O grupo foi recebido por um dos sócios, Oscar São José que fez questão de contar a história da família desde a vinda para o então Norte Goiano em 1975.

O pecuarista foi um dos pioneiros na utilização de Inseminação Artificial no Estado. “No início tudo era mais difícil, muita perda, falta de assistência. Foi mais na base do erro e acerto. Hoje tudo é informatizado, temos um percentual alto no índice de prenhez das matrizes e preço razoável nas crias”, explica Oscar São José. O gado é criado a pasto, milho somente para complementar a alimentação no período de seca. Todo o rebanho é P.O (Pura Origem) e certificado pela ABCZ – Associação Brasileira de Criadores de Zebu.  

Silvicultura

Ainda na Fazenda Santa Helena os uruguaios tiveram a oportunidade de conhecer de perto o cultivo da seringueira. A propriedade também é uma das pioneiras da cultura no Estado, com plantio em 1984, são dez mil pés produzindo látex há quase 15 anos. “É a primeira vez que vejo uma seringueira, estou impressionado e maravilhado, como também com relação à quantidade de pasto que tenho visto aqui no Tocantins, da tecnologia que é tão presente pelas propriedades por onde passamos e do sistema de criação e sanidade do rebanho”, revelou um dos representantes da F.M.S Uruguai, o médico veterinário Nicolas Cuelho.

Leite

A segunda visita foi na propriedade de Sebastião Venâncio Nunes, que está na região há mais de 11 anos. A área de 43 hectares está sendo utilizada pela metade para a criação de gado de leite da raça girolando e holandesa. O produtor também utiliza o sistema de inseminação artificial e atualmente, com apenas 20 vacas produz cerca de 180 litros de leite/dia. “A situação melhorou muito depois que resolvi participar do programa Balde Cheio. Aprendi a baixar os custos com um bom programa de gestão, fazer o manejo correto dos animais e do pasto e ainda conto com a ajuda da assistência técnica do projeto, uma parceria da Seagro, Sebrae e Embrapa”, disse. O médico Veterinário uruguaio mostrou bastante interesse sobre o sistema do Balde Cheio. (Ascom/Seagro)