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Polí­tica

O ano Legislativo foi oficialmente aberto na Câmara Municipal de Palmas na manhã desta terça, 5. A abertura oficial foi feita pelo novo presidente da Casa, vereador Major Negreiros (PP) às 10h30, com a presença de todos os parlamentares e do prefeito da capital, Carlos Amastha (PP). Antes mesmo do início da sessão especial, a banda da Polícia Militar entretinha a plateia presente e executou o Hino Nacional Brasileiro no ato de abertura dos trabalhos na Câmara.

Diferente da formatação anterior, a atual Legislatura conta com 19 vereadores eleitos no pleito de 2012, 7 a mais que o número de vereadores que encerraram os trabalhos em dezembro do ano passado. Entre os parlamentares, rostos novos eram a maioria.

Amastha vaiado

Convidado de honra da cerimônia de abertura do ano Legislativo, o prefeito de Palmas deu entrada no plenário da Câmara de Palmas pouco depois da abertura dos trabalhos. Conduzido por dois vereadores, o prefeito chegou a ser vaiado por manifestantes que ostentaram faixas com os dizeres “Quem não respeita servidor não elege governador” e “Ensino Fundamental Amargando o jeito Amastha de ser”.

Discursos

O prefeito de Palmas foi o primeiro a discursar na cerimônia de inauguração do ano Legislativo na Câmara. Em sua fala, o prefeito voltou a destacar a mudança no cenário político da capital, bem como no Estado. No entanto, antes de discursar aos vereadores, o prefeito se voltou para a população que manifestava.

De acordo com o prefeito, todos os compromissos firmados durante sua campanha serão mantidos e os servidores serão valorizados em sua gestão. “Nós não temos o direito de decepcionar a população desta cidade. Não podemos deixar de fazer aquilo para que fomos eleitos”, disse.

Reafirmando seu posicionamento, o prefeito frisou que manterá uma administração enxuta e com remunerações condizentes e pagamento em dia. “Eu quero que os senhores entendam que nosso discurso não vai mudar. Nossas ações nunca serão diferentes do discurso. Eu prometi em campanha que nós teremos um funcionalismo público enxuto, muito bem remunerado e muito cobrado por suas ações. É muito prematuro radicalizar desta maneira quando estamos apenas iniciando nossos trabalhos”, completou.

Passado o momento de tensão pelas vaias dos manifestantes, o prefeito ressaltou suas medidas iniciais para a nova gestão que iniciou no dia primeiro de janeiro. “Muito mais do que crescer e se desenvolver, a cidade precisa evoluir. E para isto destaco a criação da Secretaria de Transparência e Controle Interno”.

O prefeito lembrou que mais de um mês de sua gestão já passou e os trabalhos iniciaram em Palmas. “Estamos buscando regularizar todas as localidades e estabelecer novas modalidades para o serviço público. Agora é chegado o momento de submetermos algumas dessas mudanças à apreciação de vossas excelências”, ponderou.

Negreiros

Último a discursar na sessão solene, o presidente da Câmara, vereador Major Negreiros defendeu o prefeito da capital e seus primeiros dias de governo. “O homem enfrentou preconceito, ataques pessoais, mas saiu vitorioso. Amastha é a resposta do povo aos antigos caciques que mantinham uma forma antiga de fazer política”.

Em sua fala, o vereador deu especial destaque à atuação do Legislativo em fiscalizar o gestor municipal. De acordo com Negreiros, mesmo sendo do mesmo partido de Amastha, seus votos serão destinados ao povo. “Ressalto aqui que mesmo sendo do mesmo partido, não terei dificuldades em votar a favor do povo e contra projetos da Prefeitura”, completou.

O presidente da Casa ainda lembrou da auditoria feita na Casa de Leis, no início do ano, visando mapear todas as despesas e dívidas do Legislativo municipal. Além disso, Negreiros frisou que o site da CMP será reestruturado. “Ainda vamos trabalhar para ter a sede própria da Câmara de Palmas. Pagamos um valor alto no aluguel deste prédio”, citou.

Antes de finalizar seu discurso, o presidente da Câmara retrucou o discurso efusivo de Lúcio Campelo e frisou que seu colega de parlamento desrespeitou tanto o prefeito quanto os demais parlamentares. "Eu fiquei abismado com o discurso de Lúcio Campelo, falando da compra de ida de vereadores para a base de Amastha por R$ 5 mil. Quem conhece o Lúcio sabe que ele começou seu mandato de um lado e depois foi para outro. Quero salientar que a base do prefeito Amastha foi feita com diálogo. Talvez esta seja o comportamento do Lúcio", rebateu.