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Palmas

O governo do Estado do Tocantins justificou ao Conexão Tocantins que por determinação da Justiça, ao conseguir a reintegração de posse da área ocupada pelo Movimento Ocupa Palmas na Praça dos Girassois, teve de "prover os meios" para que a decisão do juiz Sandalo Bueno fosse cumprida. Como diz o documento: "devendo a parte autora providenciar os meios necessários para a retirada dos bens pessoais e particulares que, porventura, na área forem encontrados", disse. Um caminhão do Estado acompanhou a mudança dos manifestantes que foram para a Praça do Bosque.

Conforme o presidente da Agência Tocantinense de Notícias – ATN, Cristiano Machado, toda a movimentação, a partir da notificação e comunicação para que os ocupantes deixassem o local, foi feita com membros da Casa Militar do Estado em contato direto com representantes da Secretaria de Segurança Pública do município. “A Casa Militar informou que o coronel Ribamar, ao ser comunicado, pediu que a Casa Militar entrasse em contato com o inspetor Cardoso, que teve ciência total de toda a movimentação para a retirada dos manifestantes”, informou.       

 A ajuda do caminhão oficial do governo foi criticada pelo prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) que frisou que a prefeitura quer esclarecimentos e informações sobre o fato.

 Assim que chegaram na Praça do Bosque fiscais do setor de Fiscalização Urbana da Secretaria de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano recolheram barracas, colchões e  lonas, dos manifestantes. Os objetos estão no depósito central da Prefeitura e só podem retirados após pagamento de multa que pode chegar a R$ 5 mil.

 Os manifestantes chegaram a ser contidos pela Guarda Metropolitana ao tentarem impedir o recolhimento dos objetos.  A prefeitura alega que  os manifestantes estão infringindo vários artigos do Código de Postura do Município porém o grupo alega que foi pressionado e injustiçado.

Integrantes do movimento alegaram ainda que houve violência por parte de alguns fiscais. “Tentaram algemar um dos nossos integrantes, usaram a força e só soltaram quando conversamos. Eles tb tentaram proibir que a gente filmasse”, informaram.

 O Movimento Ocupa Palmas há mais de um mês estava acampado num canteiro em frente à Estação Apinajé, de lá, por ordem judicial se mudou para a Praça dos Girassois e por fim tentou se instalar na Praça do Bosque. Na pauta de reivindicações está melhorias para o transporte público além do passe livre e outras demandas. O grupo alega falta de diálogo por parte da prefeitura mas o prefeito Amastha usou uma rede social para listar algumas ações do Paço na área de transporte dentre elas a criação do Conselho de Transporte que se reúne na próxima semana.O gestor lembrou ainda que o processo para cancelar a atual concessão no transporte coletivo já está em andamento.

Numa das sua falas sobre o assunto o prefeito, que está afastado do cargo pois está na Colômbia, deu a entender que há interesses políticos por parte de alguns do movimento.