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Saúde

Foto: Divulgação

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 O Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins – SEET quer que o Governo do Estado deixe de dar desculpas e implante, em todas as unidades públicas de saúde, segurança armada. A preocupação aumentou depois que duas pessoas foram atingidas durante um tiroteio na porta do Pronto Socorro do HGP – Hospital Geral de Palmas. Não é a primeira vez que a violência vem tomando unidades de saúde do Estado. Profissionais trabalham com medo.

“Uma madrugada de terror!” Foi assim que descreveu uma técnica em enfermagem que trabalhava na unidade, quando três homens armados e de capacete entraram no hospital a procura de uma pessoa que havia sido baleada. Depois de entrar nos corredores, sem nenhuma dificuldade, eles saíram pela porta de emergência e dispararam vários tiros. Duas pessoas que aguardavam por pacientes foram atingidas mas passam bem.

A situação de risco para os funcionários e usuários do maior hospital público do Tocantins tem virado notícia frequentemente nos veículos de comunicação. "Em resposta, todas as vezes, a Secretaria da Saúde diz que está em processo de contratação uma empresa especializada. Mas a desculpa não passa disso", frisou o Sindicato.

O presidente do Seet, Ismael Sabino da Luz, diz que em virtude desse último caso irá procurar o Ministério Público e o próprio Tribunal de Justiça, na tentativa de forçar que algo ocorra efetivamente. Já que com o diálogo, nada, até agora, foi resolvido. Em 2012 um paciente foi ferido com um golpe de facada por uma pessoa que invadiu o Hospital de Referência de Porto Nacional. Em Araguaína duas pessoas foram assassinadas dentro do Hospital de Referência. No HGP carros e motos furtados ou mesmo roubo de rodas e pneus.

“Não dá mais pra esperar. A vida de muita gente está em risco. As pessoas que estão no hospital não podem ficar ainda mais vulneráveis. Para os funcionários, um trabalho exaustivo. Para acompanhantes de pacientes, uma espera angustiante. Então, ficar preocupado com o que ainda pode acontecer? Isso não dá pra tolerar. Não mais!”, enfatizou o presidente.

A falta de vigias também tem facilitado o trabalho dos ladrões. Todas as semanas são registradas diversas queixas de furtos de carros e motos. Isso porque no estacionamento as guaritas estão vazias. Não há controle de quem entra ou sai. Também não existem câmeras para registrar a ação dos bandidos. “Vai continuar assim até quando?” pergunta o presidente.