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Cultura

Foto: Juliano Casimiro

Integrando a programação das festividades de aniversário de 25 anos de Palmas, o espetáculo cênico “Ninguém Matou Suhura” irá ser apresentado em três espaços diferentes em nossa Capital. O espetáculo é fruto de patrocínio da Fundação Cultural de Palmas, através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura – Promic 2013. 

A peça, de cunho intimista, será apresentada sempre em duas sessões diárias em três espaços diferentes da Capital entre 17 de maio e 03 de junho. Os lugares são limitados, por isso é preciso chegar com antecedência para retirar o ingresso. Todas as apresentações realizadas terão entrada franca.

“Ninguém Matou Suhura” é uma obra que dialoga com a literatura moçambicana da escritora Lília Momplé. O resultado apresentado é fruto do trabalho desenvolvido desde 2012 pelo diretor paulista Juliano Casimiro dentro da Universidade Federal do Tocantins, por meio do curso de extensão “Corpo, Narrativa e Significação - diálogos entre a criação corpo/vocal e o desenvolvimento humano”.

Sinopse

“Ninguém Matou Suhura”primeira parte da trilogia cênica “Identidade Tocantinense”é uma composição poética cênica livremente inspirada na obra homônima da escritora moçambicana Lília Momplé. Em cinco contos, a autora empreende um projeto ficcional que explicita certa memória social africana das relações de dominação sofridas frente a Portugal, que estão igualmente no cerne da cultura brasileira.

Nessa direção, o espetáculo constrói-se como um nexo de sentido imagético-sonoro-poético que desliza pelas violências e arbitrariedades do colonialismo português, aproximando a história de Moçambique da brasileira. Longe de pretender narrar uma história (fábula), o espetáculo propicia entre atores e fruidores uma experiência estética de encontro com imagens e sonoridades emergidas na crueza da violência e da melancolia histórica que fazem parte da origem da nossa identidade.

Sobre a obra

A partir da perspectiva da composição poética cênica, “Ninguém Matou Suhura” é uma produção de cunho intimista, pensada para espaços não edificados para fins teatrais, ainda que mantenha em sua estrutura a frontalidade da relação palco-plateia. Organizada sobre a primazia da imagem corporal e acústica, a encenação se constrói de dentro da própria cena: a totalidade da sonoridade do espetáculo é realizada pelos próprios atores, prioritariamente em coro, e em ato, bem como a dramaturgia da iluminação e a manipulação dos figurinos.

A cenografia do espetáculo se constrói paulatinamente dentro da própria cena, com a utilização de corpos, água e terra. A iluminação transita entre a luz quente e dispersa do fogo e a luz fria e pontual de lanternas. O mesmo figurino recebe tratos diversos para diferenciar dominados de dominadores, sem com isso adentrar o universo da personagem.

Em resumos “Ninguém Matou Suhura é uma iniciativa estética de trânsito entre a atualidade e a virtualidade da ação corpo/sonora no contexto de relações de dominação e submissão, muitas das vezes, consentida.

Programação

17 e 18 de maio – Estreia na Escola João Paulo II, Núcleo 2, na Quadra 503 Norte (antiga Arno 61) apresentações diárias às 19h30 e às 21 horas.

24 e 25 de maio – Apresentações na Central do Riso da Unifé, em Taquaralto (Rua T23, Setor Santa Fé), no mesmo horário.

03 de junho – Apresentações na Galeria de Artes do Sesc Palmas, na 502 Norte, no mesmo horário. (Secom Palmas)