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Estado

Foto: Divulgação

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O presidente do Instituto Natureza do Tocantins - Naturatins, Stalin Beze Bucar Júnior, divulgou nesta quinta-feira, 12, em coletiva, o laudo contendo as causas da mortandade dos peixes em Formoso do Araguaia, e ainda as medidas adotadas em relação ao ocorrido no final do mês de maio, no canal adjacente da rodovia BR 242.

Após a denúncia do fato, a Coordenadoria de Fiscalização e Qualidade Ambiental enviou uma equipe de monitoramento de Formoso do Araguaia, e em seguida da Regional de Gurupi para vistoriar a área onde os peixes mortos foram encontrados, e identificar a causa para que fosse adotadas as medidas necessárias.

Conforme o parecer técnico de monitoramento nº 19-2014, foram apontadas como causas da morte a falta de oxigênio na água devido ao período de seca, aliado à paralisação do bombeamento de água, construção de dique, assoreamento de canais e a falta de comunicação do canal afetado.

“A causa principal apontada pelo laudo, foi a falta de oxigênio no canal adjacente provocada pela falta de comunicação do mesmo com o canal principal. Enquanto que a falta de comunicação é devido a construção do dique, que impede o bombeamento de água entre os canais. Após o fechamento dessa barragem, o volume de água do canal adjacente diminuiu de maneira muito brusca, fazendo com que os peixes ficassem ilhados e sem oxigênio, o que os levou a morte” explicou o gestor.

Em virtude do acontecimento, o Naturatins notificou o responsável pelo projeto a realizar o fechamento do dique de maneira gradativa para que assim os peixes possam ter tempo de saírem do local em que o volume de água está baixando, evitando assim, que fiquem ilhados novamente. Além dessa exigência, o foi também exigido a construída uma tubulação que permite a comunicação e o bombeamento de água entre os canais, esta já atendida.

Após notificados e orientados de como proceder, os responsáveis estão passíveis às sanções ambientais em caso de nova ocorrência. “Vale ressaltar que não houve contaminação por agrotóxico, inseticida ou poluição na água, o ocorrido foi em função de um descuido do operador da barragem, e como não foi intencional entendemos que não há necessidade de aplicação de multa, mas em caso de reincidência o órgão certamente tomará as medidas cabíveis”, frisou o gestor.