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Polí­tica

Foto: Benhur de Sousa/ Assembleia

Foto: Benhur de Sousa/ Assembleia

O deputado estadual Sargento Aragão (sem partido) assumirá o comando do PMN no Tocantins. Ele estava no Pros mas já deixou a legenda após as eleições de outubro quando concorreu a uma vaga de Senado. Aragão, mesmo sem mandato, disse que pretende começar as articulações para disputar a prefeitura da capital. “Queremos fazer as articulações a partir de 1º de fevereiro quando encerrar o mandato parlamentar e daí então vamos decidir que rumo vamos tomar”, disse.

Aragão recebeu convite de várias legendas mas se definiu pelo PMN. Ele, que foi eleito vice-prefeito da capital junto com Carlos Amastha (PP) mas não assumiu, disse que só não será candidato se Deus não quiser. “ Só sou candidato com a permissão de Deus e farei a revisão do IPTU custe o que custar”, afirmou.

Ele cobrou alguns compromissos de campanha feitos junto com Amastha e elencou a área da Saúde e da Segurança Pública como responsáveis pelos principais problemas da capital. “O maior problema é a Saúde. Nos comprometemos a criar um Hospital de Urgência e Emergência e as pessoas querem saber porque não foi feito sendo que há condições de fazer. Todo mundo vai para o HGP (Hospital Geral de Palmas) porque não tem o hospital”, disse.

Outra proposta de campanha que não saiu do papel, segundo Aragão, é o projeto guarda quarteirão para combater a violência. “Se você analisar a violência de 2013 para 2014 é quase o triplo. Por que aumentou? Porque não houve combate efetivo. A atual gestão contratou uma empresa de segurança patrimonial por R$ 10 mi ao ano sendo que poderia com esse mesmo valor contratar 600 guardas quarteirões. Isso é uma afronta à população”, criticou. Segundo o deputado não há nenhuma rua de Palmas que tenha uma casa que não foi assaltada.

O deputado comentou ainda a iluminação de natal da capital e disse que a população achou bonito porém custou muito caro aos cofres públicos. “É uma questão de prioridade gastar quase R$ 4 mi de iluminação mas à que custo? À que preço? É um gasto maior do que Paris”, chegou a comparar.

Promoções

O deputado, que é militar,  ganhou promoções em dezembro do ano passado o que gerou polêmica e é alvo de ação por parte do Ministério Público Estadual pelo critério de excepcionalidade. Ele disse que essa é uma questão de foro íntimo e lembrou que já foi agraciado duas vezes com promoções em anos anteriores porém não aceitou.

“As pessoas olharam muito para o Sargento Aragão nessa questão. No dia 19 de dezembro de 2012 teve um tenente que teve cinco promoções seguidas e não vi nem o governador nem o Ministério Público se manifestar sobre isso. Em 2011 e 2012 foram 3600 promoções por excepcionalidade e ninguém questionou. Minha promoção não foi por apadrinhamento, sou e era oposição a Sandoval como todo mundo sabe. O que eu fiz para ganhar essa promoção? Reconhecimento!”, disse ao frisar que sempre foi adversário político de Sandoval até o último dia de governo.

Ele chegou a insinuar que a polêmica sobre as promoções seria para tentar arranhar sua imagem. “Com promoção ou sem promoção vou ser candidato. Já recusei duas vezes e estou avaliando se vou recusar. Estranho é dizer que vai derrubar excepcionalidade mas vai ter coragem de derrubar as anteriores? Tem que ter justiça para todos”, frisou.