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Estado

Foto: Divulgação

Os policiais civis do Tocantins bloquearam, na manhã desta quarta-feira, a Ponte Fernando Henrique Cardoso, que liga Palmas a Paraíso. A atividade, que durou pouco mais de meia hora, fez parte da programação do 15º dia de greve geral da categoria.

Durante a manifestação, que contou com cerca de 200 policiais, pessoas com casos de urgência e ambulâncias tiveram a passagem liberada. “Entendo a manifestação deles. O governo, tanto o estadual como o federal, não pode desrespeitar direitos”, destacou Tomas Ribeiro, 72 anos, morador de Palmas que trabalha em Luzinópolis.

O presidente do Sinpol-TO (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho, pediu desculpas à população pelo transtorno, mas destacou que a medida foi necessária para chamar a atenção do governo para iniciar uma negociação com a categoria. “O governo diz para a imprensa que sempre esteve aberto ao diálogo, mas não está negociando conosco e não apresentou qualquer proposta”, destacou o presidente, ao ressaltar que na audiência pública sobre segurança na Assembleia Legislativa a administração estadual sequer enviou representante.

O presidente reforçou que outras mobilizações podem ocorrer se o governo não buscar a categoria para um diálogo. “Os policiais não vão abrir mão. Não estamos lutando por benefícios, estamos lutando por uma conquista histórica que só chegou após oito anos e nos foi tirada por um decreto”, destacou o líder sindical.

Gurupi

Em Gurupi, ainda dentro das atividades do 15º dia de greve da classe, os policiais doaram sangue no hemocentro da cidade. A ação serve para mostrar que os policiais, apesar da greve, jamais esquecerão o compromisso deles com a população. “Estamos fazendo uma greve responsável. Não paramos serviços essências. Nestas duas semanas, fugas de presídio foram impedidas, capturamos mais de 600 quilos de drogas e concluímos investigações importantes. Os 30% de serviços essenciais foram mantidos”, falou Moisemar Marinho.

Os policiais entraram em greve após aguardar, e não receber, uma proposta sequer da administração estadual para o cumprimento da lei 2.851/2014, que teve seus efeitos suspensos por decreto do governador Marcelo Miranda.