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Saúde

Foto: Divulgação As unidades no Tocantins possuem equipamentos com sistema de tratamento da água, principal componente no processo de purificação do sangue As unidades no Tocantins possuem equipamentos com sistema de tratamento da água, principal componente no processo de purificação do sangue
  • Leilton Gonçalves é paciente da unidade de hemodiálise localizada no HGP

Morador do distrito de Taquaruçu, a 35 quilômetros de Palmas, o paciente Leilton Gonçalves Barros, de 32 anos, desde a infância teve que conviver com as complicações de uma diabetes tipo 1 que se agravou, provocando a perda da visão. Além disso, por causa de um quadro de insuficiência renal, Leilton precisou iniciar o processo de hemodiálise, mas mesmo diante da situação de desafio mantém o bom humor e a confiança em relação ao tratamento semanal porque tem a garantia do bom atendimento no Estado do Tocantins.

Paciente da unidade de hemodiálise localizada no Hospital Geral de Palmas (HGP), Leilton faz questão de destacar o cuidado e a atenção que sempre recebe.  “O pessoal aqui é muito legal e atencioso. Eu consegui me adaptar rápido à nova rotina”, afirmou.

Além da Capital, os municípios de Gurupi e Araguaína também possuem centros especializados no tratamento a pacientes renais, atendendo as regiões Sul, Central e Norte do Estado. Com isso, moradores de municípios vizinhos que necessitam se deslocar àquelas cidades também tem o tratamento garantido. Ao mês, o Tocantins realiza cerca de 2,3 mil atendimentos.

Atendimento

Em Palmas e Gurupi, a Fundação Pró-Rim, que presta serviço ao Estado, atende 295 pacientes que realizam, semanalmente, sessões de hemodiálise e outras 15 pessoas que necessitam realizar diálise. Já em Araguaína, estão em tratamento 160 pacientes renais, destes 131 fazem hemodiálise e 29 diálise. Os pacientes são atendidos no Instituto de Doenças Renais do Tocantins.

Contando com dois centros de tratamento localizados dentro do HGP e no Hospital Regional de Gurupi (HRG), e ainda com a supervisão de trabalhos em Araguaína, as unidades possuem equipamentos modernos com um rigoroso sistema de tratamento da água, principal componente no processo de purificação do sangue. São 34 máquinas em Palmas, 22 em Gurupi e outras 29 em Araguaína. Os centros iniciam os atendimentos às 6 horas da manhã e só finalizam às 21 horas em três turnos, sendo que cada paciente permanece cerca de quatro horas em tratamento.

Dia Mundial

Neste 12 de março, data em que se comemora o Dia Mundial do Rim, cuidados básicos com a saúde como manter hábitos saudáveis, evitar consumo excessivo de sal e controle da pressão arterial são as primeiras orientações para se evitar complicações futuras da função renal. O aposentado Dionísio Cirqueira Alves, de 77 anos, convive há onze com o quadro de insuficiência renal. “Preciso passar por três sessões semanais de hemodiálise e sou muito bem tratado aqui”, ressalta.

E para lembrar a data, o Hospital Geral de Palmas promove palestras educativas sobre os riscos das Doenças Renais Crônicas (DRC), tendo como público alvo colaboradores de empresas terceirizadas que atuam na unidade. A ação é uma parceria do hospital com a Pró-rim. Na sexta-feira, 13, em reunião promovida pelo setor de Humanização, os acompanhantes de pacientes também serão orientados e receberão panfletos sobre os cuidados para evitar e atenuar os riscos das doenças.

Tratamento

De acordo com o nefrologista, Antônio Amadeu Parisotto Giannasi, pessoas que atingiram o estágio 5 em doenças relacionadas ao sistema renal necessitam realizar procedimentos de purificação do sangue (diálise ou hemodiálise), uma vez que os rins, órgãos responsáveis por esta atividade, já estão comprometidos.

Na diálise peritoneal, a remoção de substâncias tóxicas retidas no organismo é realizada por meio de um dreno no abdômen do paciente, sendo que o tratamento pode ser feito em casa, necessitando retorno na unidade médica a cada dois meses. Já na hemodiálise, o paciente necessita realizar sessões em equipamento específico nas unidades de atendimento, com duração aproximada de quatro horas de tratamento a cada dois dias. “Ressaltamos que o processo é ininterrupto e até que o paciente seja submetido a um transplante renal, é necessária a realização de diálises com periodicidade regular”, afirmou. (Secom-TO)