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Estado

Foto: Divulgação

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De uma movimentação atual de R$ 18 milhões/ano a Ceasa de Palmas poderá elevar sua comercialização para R$ 80 milhões/ano após a implantação do Projeto Ceasa, apresentado no sábado, 17, aos vereadores da Capital e a ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu. O projeto será viabilizado pela ministra após pedido feito por todos os vereadores durante a apresentação do Matopiba em Palmas, tendo já garantidos por Kátia Abreu recursos da ordem de R$ 15 milhões para a sua execução, sendo R$ 12 milhões para a implantação de estrutura numa área de 63 mil m² (contra os atuais 3 mil m² de área construída), na região de Taquaralto e outros R$ 3 milhões para assistência técnica. A ministra disse no sábado que a intenção é deixar a Ceasa Palmas administrada numa parceria público privada e formalizada dentro do que regulamenta o Plano Nacional de Abastecimento.

Participaram da demonstração, além da ministra Kátia Abreu, o secretário de Agricultura do Estado, Clemente de Barros, presidente Ruraltins, Pedro Dias, secretários municipais, superintendente da Conab, Jalbas Manduca e a maioria dos vereadores de Palmas. A Ceasa Palmas será implantada com a mesma tecnologia da Ceagesp (maior entreposto da América latina), com a instalação de uma plataforma semelhante à das bolsas de valores. De acordo com a ministra Kátia Abreu, a Ceasa de Palmas atenderá toda a região do Matopiba e será agregada ao programa de assistência técnica do Ministério da Agricultura, com o treinamento de mil produtores de Palmas e região.

“O produtor vai produzir com a certeza de que seu produto será comprado e o comprador tem que ter a certeza de que vai encontrar o produto que precisa na Ceasa Palmas", falou Kátia Abreu, defendendo que a Ceasa deve criar condições para adquirir produtos que faltem no sentido de não deixar o comprador sem o que deseja, a exemplo do mesmo método aplicado na Ceagesp, em São Paulo.

A ministra destacou ainda no projeto a possibilidade de comercialização do peixe produzido no Tocantins. Para ela, a Ceasa Palmas tem condições de se tornar centro referência no Brasil neste setor. Ela sublinhou a necessidade de incorporar a iniciativa os produtores do Projeto São João (Porto Nacional) e outros num raio de 50 km da Capital, área delimitada para a extensão rural do MA, cujo levantamento de demanda defendido é na forma porteira a porteira. Ou seja, pesquisada demanda de porta em porta.

Além da produção de peixe e de frutas, a ministra destacou a produção de banana. No Projeto Manoel Alves (Sudeste do Estado) a produção está sendo comercializada com a Argentina. A produção comercializada na Ceasa Palmas pode atender o mercado do Matopiba e também o Sul do Pará, onde só a região de Marabá é formada por 39 municípios que tem demanda para comercialização da banana. “Com a Ceasa Palmas vamos vender nossos produtos para fora do Estado, disse a ministra.

Uma outra inovação na Ceasa Palmas será o banco de alimentos. Segundo o gerente da Ceasa Palmas, Jackson Santos, as frutas e peixes recebidos de atacadistas que não tiverem a qualidade exigida pelo mercado, serão transformados em postas, com a mesma qualidade nutricional, e entregues a entidades assistenciais cadastradas, além de serem utilizadas na merenda escolar.

Embrapa Pesca e Aquicultura 

A ministra Kátia Abreu conheceu ainda na manhã do sábado, junto com o coordenador regional na Embrapa, Carlos Magno e superintendente da Conab, Jalbas Manduca, as obras de construção do Projeto Embrapa Pesca e Aquicultura, na região Norte de Palmas. A sede do Projeto está sendo construída numa área de 85,2 mil m², sendo mais de 6.500 m² de área construída. São 14 laboratórios com capacidade para abrigar 108 pesquisadores.

Com a implantação do projeto, os produtores de peixe do Tocantins terão recursos científicos para aumentar sua produção, hoje estimada em 15 mil toneladas/ano, podendo alcançar a 50 mil toneladas/ano até 2018. A ministra defendeu que a produção de peixe também seja incluída na merenda escolar, o que aumentaria os ganhos dos produtores, incentivando-os a produzirem mais.

Jogos Mundiais Indígenas 

Ainda na manhã do sábado, a ministra Kátia Abreu conheceu de perto as instalações do centro olímpio que abrigará os Jogos Mundiais Indígenas na próxima semana. Acompanhada de secretários municipais e vereadores e o coordenador dos jogos, Marcos Terena, a Ministra foi informada do andamento de instalação da infraestrutura e da realização dos jogos. A ministra Kátia Abreu conseguiu viabilizar R$ 10 milhões para a realização dos jogos.