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Polí­tica

Foto: Divulgação

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“Não adianta o Palácio do Planalto argumentar que o objetivo da greve dos caminhoneiros é o desgaste político do governo. Uma manifestação desse porte é, na verdade, um ato de desespero de uma categoria acuada pelo arrocho econômico, que não encontra diálogo junto às autoridades federais e que já entendeu que não existe saída para a crise com o PT no governo.” A análise é do presidente do PSDB/TO, senador Ataídes Oliveira, que, apesar da solidariedade aos caminhoneiros, manifestou preocupação especial com o bloqueio da BR-153 em Colinas do Tocantins.

“As notícias que nos chegam dão conta de que o acesso a Guaraí, Palmeirantes e Araguaína está completamente interditado, com impacto direto sobre a população e a economia do Estado. Essa é uma situação que precisa ser resolvida com a maior urgência”, ponderou Ataídes. Para ele, o O governo precisa de um mínimo de humildade para dialogar com uma categoria fundamental para a distribuição da produção nacional, num país em que o transporte é basicamente rodoviário. “Com a paralisação dos caminhoneiros, a economia vai parar de vez”, salientou.

Paralisia do governo

Ataídes lembrou que reivindicações como a redução no valor do óleo diesel e o aumento no valor dos fretes já estão há tempo na pauta dos caminhoneiros e, mesmo com a paralisação realizada em fevereiro, não foram levadas em consideração pelo governo federal.

Na opinião do senador tocantinense, os caminhoneiros se encontram numa situação insustentável e têm plena razão de se queixar da elevação dos preços de combustíveis e do valor pesado dos impostos. O mais grave, segundo ele, é a paralisia do governo federal, incapaz de tomar medidas efetivas para atender as  reivindicações da categoria  e para conter a crise econômica que mergulhou o país na recessão, turbinou a inflação, o desemprego e a escassez de crédito.

“A falta de ação e de credibilidade deste governo justifica, plenamente, uma das reivindicações básicas desse movimento, que é a renúncia ou impeachment da presidente Dilma. Essa é a única forma de o Brasil voltar a respirar novamente e ter um mínimo de fôlego para a retomada do crescimento”, concluiu Ataídes.