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Polí­cia

Foto: Divulgação

A Polícia Civil, por intermédio da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), juntamente com peritos da polícia científica, localizou, na tarde dessa segunda-feira, 29, em uma chácara, no Assentamento São João, na zona rural de Palmas, uma ossada que pode pertencer à idosa Miriam dos Santos Castro, de 74 anos, desaparecida desde o dia 22 de março de 2015.

Os restos mortais estavam enterrados em uma fossa desativada e foram encontrados com a ajuda de uma retro escavadeira, a partir de informações fornecidas por Reinaldo A. R., 32 anos, que está preso juntamente com Daniel dos S. C., filho da vítima. Ambos são suspeitos de envolvimento na morte e na ocultação do cadáver da idosa.

Conforme o delegado João Sérgio Vasconcellos Kenupp, titular da DHPP, no decorrer das investigações sobre o desaparecimento da idosa, os policiais civis levantaram indícios da participação de Reinaldo A., o qual, durante algum tempo prestou alguns serviços para Miriam, de estar envolvido em seu desaparecimento. Com base nessas informações, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária de Reinaldo, sendo autorizada pelo judiciário no inicio deste mês. Nesse meio tempo, a DHPP também apurou que Daniel, o qual também se encontra preso, por determinação judicial, teria participação no sumiço da idosa.  

Em depoimentos anteriores, Reinaldo A. negou qualquer tipo de participação no crime, afirmando que apenas prestou serviços para a idosa, mas que nada tem a ver com seu desaparecimento. No entanto, ao ser novamente ouvido pelo delegado, na tarde desta segunda-feira, ele mudou a versão dos fatos, afirmando que no dia, do suposto crime, estava trabalhando normalmente na chácara e, no final de seu expediente, quando passava perto da casa para ir embora, ouviu uma áspera discussão entre Miriam e seu filho Daniel e que, em dado momento, ouviu gritos da mulher.

Ainda de acordo com a versão apresentada por Reinaldo, após alguns minutos os gritos cessaram ele pegou sua motocicleta e se dirigiu até a saída da chácara, quando percebeu que tinha terra revirada num local perto da casa, presumindo daí que o corpo de Miriam pudesse ter sido enterrado naquele local.

Antes da prisão de Reinaldo, os investigadores da Delegacia de Homicídios localizaram um Fiat Tempra, que pertencia à vítima havia desaparecido da chácara, onde a idosa residia sozinha. Segundo apontaram as investigações da DHPP, após o veículo ter sido retirado da chácara, o mesmo foi deixado, por Reinaldo, com outra pessoa. Exames periciais comprovaram que as impressões digitais do suspeito estavam no carro da idosa.

Com ajuda de Reinaldo, os investigadores da DHPP chegaram até local, onde a suposta ossada de Miriam estava enterrada. Ele forneceu a localização de uma fossa desativada, exatamente, onde os restos mortais teriam sido colocados após a idosa ter sido morta. Com a ajuda de uma retro escavadeira, a terra foi removida e a ossada e algumas peças de roupa femininas foram localizadas. O material foi retirado e examinado por uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística (IC) e depois recolhido por uma equipe do Instituto Médico Legal (IML), para que seja submetido a exames de identificação.

Para o delegado Kennup, localizar a ossada significa um grande avanço nas investigações, uma vez que, por meio de exames periciais será possível dizer se eles realmente pertencem a Miriam. “Desde que assumimos esse caso, estamos trabalhando incansavelmente para desvendá-lo, localizando a ossada, que pode pertencer à vítima e, sobretudo, reunimos mais provas para elucidar o que aconteceu no dia do desaparecimento da idosa e esclarecer se Reinaldo e Daniel, estão de fato envolvidos nesse crime e qual teria sido a motivação e a participação de cada um deles” frisou.