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Saúde

Aurystela Damblea explica que punção lombar é indicada para realização de exame que ajuda a diagnosticar meningites

Aurystela Damblea explica que punção lombar é indicada para realização de exame que ajuda a diagnosticar meningites Foto: Nielcem Fernandes

Foto: Nielcem Fernandes Aurystela Damblea explica que punção lombar é indicada para realização de exame que ajuda a diagnosticar meningites Aurystela Damblea explica que punção lombar é indicada para realização de exame que ajuda a diagnosticar meningites

A Secretaria do Estado de Saúde realiza nesta terça e quarta-feira, 20 e 21, Curso de Atualização em Punção Lombar para biomédicos, bioquímicos, enfermeiros e médicos da rede pública de saúde. O curso será ministrado no campus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A proposta é atualizar os profissionais de saúde envolvidos no manejo clínico dos pacientes suspeitos de meningites sobre a realização do procedimento de punção liquórico e sobre o correto acondicionamento do líquor.

A punção lombar consiste na retirada de líquido cefalorraquidiano na região lombar da medula espinhal e é indicado para investigação de infecções, como a meningite, e outras condições inflamatórias.

Segundo a técnica responsável pela Área de Assessoramento das Meningites, Aurystela Damblea, a programação prevê abordagens teóricas e práticas sobre o procedimento de punção, recomendações de armazenamento do líquor, organização de serviços, fluxos e protocolo de assistência e vigilância das meningites, além de apresentação do contexto epidemiológico dessas doenças. “Este curso é de grande importância aos profissionais dos Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde, que estão na assistência direta ao paciente, para um diagnóstico precoce e fidedigno das meningites”, frisa a técnica.

Meningites

As meningites são processos inflamatórios das membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. Podem ser causadas por vários tipos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos.

A transmissão acontece por contato com alguma pessoa infectada, seja através de gotículas expelidas pelas vias respiratórias, secreção do nariz e garganta.

Apesar de contagiosa, no Tocantins, não se registrou nenhum surto de meningite nos últimos cinco anos. Com relação aos casos notificados no Estado, em 2015, a Secretaria registrou redução em 32% no número total de casos notificados em relação aos registros do ano anterior. Enquanto, em 2014, foram notificados 20 casos de meningite bacteriana e 58 casos de outros tipos de meningites; em 2015, foram notificados 17 casos de meningite bacteriana e 36 de outros tipos.

Os principais sintomas são febre alta repentina, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos em jato, náuseas, endurecimento da nuca, falta de apetite, dores musculares e agitação física e mental. Em crianças menores de um ano, os sintomas mais comum são moleira elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo, rigidez corporal com ou sem convulsões.

Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado e encaminhado para avaliação médica, para, caso necessário, ser hospitalizado para realização de exames laboratoriais e da punção liquórica ou punção lombar para a investigação da doença.