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Foto: Divulgação

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O quadro de peritos criminais no Tocantins continua deficitário mesmo com a nomeação de parte dos aprovados no último concurso da Polícia Civil. Cidades tocantinenses, como Araguaína, por exemplo, no norte do Estado, ainda carecem de reforço no quadro destes profissionais. 

Segundo informações do núcleo pericial do município, treze delegados tomaram posse em Araguaína enquanto apenas um perito foi convocado. O problema é que o trabalho desenvolvido pelos delegados gera uma demanda para os peritos criminais, já que é este profissional que está a serviço da Justiça e é apto e especializado em encontrar ou proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a análise científica de vestígios produzidos e deixados na prática de delitos e crimes. 

Com o quadro defasado, a cidade de Araguaína é um exemplo de localidade que precisaria de mais profissionais. Um levantamento feito pela própria Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) revelou que Araguaína registrou mais de 1,6 mil roubo durante o ano de 2016. Uma média de 4,3 crimes deste tipo por dia. 

De acordo com dados do Mapa da Violência, o município é considerado um dos mais violentos do Estado. Enquanto isso, os candidatos aprovados no concurso que ainda aguardam a convocação estão ansiosos para que a nomeação aconteça. 

Realizado ainda no ano de 2014 o certame ficou parado até o ano de 2016, quando os candidatos foram convocados para o curso de formação. Em 2017, os aprovados começaram a ser nomeados no mês de junho. Em julho o governador Marcelo Miranda anunciou a convocação de mais cinco peritos.

Mesmo com a nomeação, o quadro de peritos criminais no Tocantins ainda está incompleto e enquanto isso, os candidatos aprovados para o concurso que ainda não foram chamados aguardam uma resposta do governo sobre quando isso acontecerá. 

"Estamos preparados para tomar posse. Temos a formação, temos o conhecimento. Passamos em um concurso super concorrido e formamos um grupo altamente capacitado. Queremos que o governo apresente, ao menos, um cronograma para convocação. Sabemos que as nomeações estão acontecendo, mas precisamos ter certeza de que elas acontecerão e quando. Nos dedicamos demais para não ter uma resposta concreta do governo. Foram muitas noites em claro e muita preparação, investimento. Agora estamos aqui, colocando toda nossa expectativa nessa nomeação. Queremos muito contribuir, queremos muito tomar posse", pondera o candidato aprovado no concurso Sérgio Fernandes. 

Atualmente, o quantitativo de profissionais responsáveis pela perícia criminal hoje no Tocantins é quase 50% a menos do que o recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para a ONU, o ideal é que haja um perito para cada cinco mil habitantes, o que não é a realidade no Tocantins.