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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Buscar soluções que visam o combate à violência contra a mulher negra, o racismo e o preconceito contra as religiões de origem africana. Esse foi o objetivo da audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 30, na Câmara de Palmas e que debateu esses e outros assuntos. Com o tema “A realidade da mulher negra na cidade de Palmas”, o evento foi requerido pela vereadora Laudecy Coimbra (SD), presidente da Comissão de Assuntos dos Direitos da Mulher. 

Janaína Costa Rodrigues, uma das representantes do Núcleo Lélia Gonzalez da Marcha Mundial das Mulheres, destacou a necessidade de implantação de políticas públicas que sejam voltadas às mulheres negras. “Uma das questões é o fato de que a violência contra a mulher negra aumentou 54%, enquanto a violência contra a mulher branca reduziu. Ou seja, as mulheres negras estão mais vulneráveis e precisamos de políticas públicas que atendam especificamente essa população”, explicou.

O superintendente de Igualdade Racial da Prefeitura de Palmas, Nélio Lopes, destacou que o Executivo tem trabalhado para implantar ações que visam atender justamente a esse público. “Existe um instituto em São Paulo que tem os indicadores de equidade racial voltado para a iniciativa privada. O interesse da gestão municipal é trazer esses dados para a rede pública, a fim de que possamos aplicar esses indicadores”, pontuou.

Os vereadores Tiago Andrino (PSB) e Léo Barbosa (SD), falaram sobre a necessidade de equidade racial e se colocaram à disposição dos movimentos sociais na busca de soluções para os problemas relacionados à população negra. Já Gerson Alves (PSL), vice-presidente da Comissão de Assuntos dos Direitos da Mulher, destacou que é preciso combater o preconceito. “Estou à disposição dos movimentos para lutar pela igualdade nesta luta diária que as mulheres negras enfrentam”, enfatizou.

Respeito à diversidade de religiões

O evento contou ainda com a participação da jornalista Roberta Tum. Ela falou um pouco sobre a religião que segue desde criança, que é de matriz africana e destacou a importância do combate à intolerância religiosa.

“Precisamos combater o preconceito religioso. Essa discriminação que existe desde o Brasil Colônia, de que a religião do negro é inferior. Independente de culto e credo, precisamos de espaço, queremos conviver com as outras religiões sem medo de ser agredido. Sem sofrer preconceito, como já ocorreu aqui na Capital”.

Solicitações

No fim da audiência, as integrantes do Núcleo Lélia Gonzalez entregaram ao presidente da Câmara, José do Lago Folha Filho (PSD), uma carta na qual fazem uma série de solicitações para a implantação de políticas públicas voltadas às mulheres negras. “Nós vamos analisar as reivindicações e com certeza daremos uma resposta ao movimento”, destacou.