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Polí­tica

Foto: Senado Federal

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A senadora tocantinense Kátia Abreu posicionou-se com firmeza, na tribuna do Senado nesta quarta-feira, 29, quanto à sua expulsão do PMDB. "O Brasil e o Tocantins sabem que fui expulsa de uma legenda cuja sua cúpula não reúne condições morais e que virou o escárnio da nossa nação. No Tocantins não é diferente, a mesma cúpula da legenda que hoje me expulsa, envergonha os tocantinenses também com prática de corrupção", disse.

Na oportunidade, Kátia leu o seguinte trecho da bíblia. “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem” (Mateus 7:6). Em seguida, a senadora elencou possíveis motivos para sua expulsão da legenda. "Por que me expulsaram? porque tenho princípios, tenho ética, tenho coerência, porque não sou oportunista, não faço parte de quadrilha, porque não faço parte de conluio, não estou presa, porque não uso tornozeleira, porque não tenho apartamento cheio de dinheiro ou porque não apareceu nenhuma mala cheia de dinheiro da senadora Kátia Abreu?! Será que foi por esses motivos que fui expulsa do PMDB?!", ironizou. 

A senadora registrou indignação pelo que fazem com o partido. "Vim a essa tribuna registrar a minha indignação, não pelo que fizeram comigo, não, absolutamente, mas pelo que essas pessoas desse partido fizeram com o partido de Ulysses Guimarães, o que fizeram com o partido das Diretas Já, o que eles fizeram com a política, o que eles fizeram com o Brasil, o que eles estão fazendo com o meu Tocantins", disse. 

Sem citar nome, Kátia Abreu disse ter sido expulsa por uma "ave de rapina" da coisa pública. "Uma figura conhecida desde os letrados aos iletrados, conhecida desde os mais simples aos mais abastados, conhecido, esta figura, por ser uma pessoa nociva à coisa pública brasileira e ave de rapina da coisa pública", afirmou. 

Ao longo do discurso, a senadora chamou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) de "canalha, crápula e ladrão de vidas". 

Tocantins 

Kátia Abreu disse que em 23 anos de vida pública, nunca envergonhou ou manchou o nome do Tocantins. "Eu nunca pus as mãos em dinheiro público, em dinheiro alheio", concluiu.