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Foto: EBC

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Em 2016, enquanto as mulheres brasileiras levaram em média 20 horas semanais se dedicando às tarefas domésticas e ao cuidado de parentes, os homens se dedicaram nove horas a menos, uma média de 11 horas semanais.

A diferença entre os gêneros se mantém também quando a análise é feita levando-se em conta as pessoas ocupadas. Mesmo as mulheres que trabalhavam fora se dedicaram quase três horas a mais aos afazeres domésticos e cuidados com a família do que os homens que trabalharam fora. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua), foram divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A análise detalhada dos dados mostra, ainda, que as mulheres assumiram muito mais trabalhos como preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar louça. Noventa e cinco por cento das mulheres realizaram essas tarefas, enquanto, entre os homens, o percentual foi de 58,5%.

A única tarefa que os homens declararam ter feito mais do que as mulheres foi a realização de pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel, eletrodomésticos ou outros equipamentos e, mesmo assim, a diferença não foi tão grande quanto no trabalho de cozinha, com taxa de realização de 65% para os homens e 34% para as mulheres.

O suplemento Outras Formas de Trabalho 2016 mostra ainda, mais uma vez, a desigualdade entre cor ou raça. No trabalho de cuidado de parentes, por exemplo, 35,3% das mulheres pardas e 34% das mulheres pretas realizaram essas atividades no ano passado, ao passo que, entre as mulheres brancas, a taxa de realização foi de 29,3%.

Os dados mostram também que, na produção para o próprio consumo, que inclui atividades como cultivo, pesca e criação de animais, produção de carvão, corte de lenha e fabricação de calçados e roupas, as pessoas negras se dedicaram mais tempo. Quase 55 % das pessoas que realizaram esses trabalhos se declararam pardas e 36,1% se declararam brancas.

A pesquisa inclui também os dados sobre trabalho voluntário no Brasil: 6,5 milhões de pessoas se dedicaram a este tipo de trabalho em 2016, com proporção parecida entre homens e mulheres e maior percentual entre as pessoas que já exerciam trabalho remunerado. Quanto aos locais da prática do voluntariado, mais de 80% das pessoas realizaram essa atividade em congregações religiosas, sindicatos, condomínios, partidos políticos, escolas, hospitais e asilos. (EBC)