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Saúde

Segundo a enfermeira Maria Lúcia de Lima, é muito importante que a mãe esteja bem para que o bebê também esteja

Segundo a enfermeira Maria Lúcia de Lima, é muito importante que a mãe esteja bem para que o bebê também esteja Foto: Lisane Braga

Foto: Lisane Braga Segundo a enfermeira Maria Lúcia de Lima, é muito importante que a mãe esteja bem para que o bebê também esteja Segundo a enfermeira Maria Lúcia de Lima, é muito importante que a mãe esteja bem para que o bebê também esteja

Em todos os períodos de férias, a situação se repete. Segundo o Banco de Leite do Hospital Dona Regina, nos meses de janeiro e fevereiro o estoque de leite materno sofre baixa considerável e queda na capacidade de fornecimento do leite materno, alimento tão importante para a saúde do bebê em seus primeiros meses de vida.

 De acordo com a enfermeira do Banco de Leite, Maria Lúcia de Lima, o cadastro ativo do serviço conta hoje com a doação de 30 mães, “número muito baixo se comparado ao tamanho da demanda que necessita da coleta diária de 8 litros de leite para alimentação e 43 bebês internados hoje no Hospital”, explicou a enfermeira.

Com a doação dessas 30 mães, o hospital consegue repor cerca de 4 litros de leite por dia, o equivalente a 50% da atual necessidade. Hoje, o estoque total conta com apenas 16 litros de leite, o suficiente para apenas dois dias de alimentação dos bebês. A enfermeira explica que caso a demanda seja maior que a quantidade de leite ofertada, a criança tem sua dieta garantida com leite de fórmula, porém, os benefícios que o leite materno traz para o desenvolvimento do bebê são incomparáveis. “O leite materno possui todos os nutrientes que o recém-nascido precisa para um desenvolvimento saudável”, reforça Maria Lúcia.

A filha da professora Jheme Quézia Nunes, de 22 anos, foi beneficiada pelas doações do Banco de Leite. A jovem mãe conta que deu à luz de sua filha, em Dianópolis e logo após,a bebê apresentou uma infecção e teve que ser encaminhada ao Dona Regina em Palmas. “Não pude acompanhá-la no primeiro momento e como não conhecia o trabalho do Banco, ficava pensando em como minha filha estaria sendo alimentada. E quando cheguei aqui fiquei muito tranquila. Soube que ela, hoje com 16 dias de vida, foi alimentada com o leite doado por outras mães. Agora, faço a ordenha com o auxílio da equipe de profissionais, garanto a dieta dela e ainda tenho a oportunidade de ajudar doando para outras crianças”.

“Além de fazer o bem para outras crianças, a ordenha estimula e aumenta a produção de leite”, complementou a enfermeira.

Amamentação sem Dificuldade

Outro serviço tão importante quanto à coleta de leite materno é a orientação e acompanhamento de mães que apresentam dificuldade em amamentar. Seja por queixa de dores nos seios causadas por mastites (inflamação das mamas) ou dificuldade do bebê em sugar de forma adequada.

Foi o que fez a advogada Renata Alvarenga Rodrigues Del Corso. Mãe de Elisa, de 11 dias, procurou o banco de leite para orientação antes mesmo de enfrentar dificuldades na amamentação da primeira filha. “Muitas amigas já haviam recomendado o banco de leite, resolvi procurar antes de ter problemas para amamentar. Aqui, pude confirmar que as enfermeiras são maravilhosas, sempre que você precisa estão à disposição. Atendem com muito carinho e atenção. A gente se sente amparada”, disse a advogada.

Segundo a enfermeira Maria Lúcia de Lima, é muito importante que a mãe esteja bem para que o bebê também esteja. “Amamentar tem que ser prazeroso e não doloroso. Por isso temos o maior prazer em receber e ajudar as mães que nos procuram”, finalizou a enfermeira.