'Custo' do voto em Palmas é o maior do Brasil e supera em 18 vezes o do Rio, o mais baixo

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

Disputar o voto de um eleitor na cidade de Palmas custa quase 18 vezes mais que a mesma tentativa no Rio de Janeiro, embora o eleitorado na capital fluminense seja mais de 30 vezes superior à do Tocantins. Em Palmas, as coligações desembolsarão, ao todo, o valor médio de R$ 187,34 por eleitor disputado, maior cifra entre todas as 26 capitais. Com o menor valor, no Rio a empreitada é a mais barata: R$ 10,64 por eleitor.

Veja quanto vale a disputa por voto nas 26 capitais

O UOL calculou o valor médio de cada eleitor disputado pelas coligações majoritárias das capitais, nas eleições do próximo dia 7 de outubro, a partir dos tetos de gastos de campanha registrados pelos partidos e coligações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O valor fechado dos tetos somados em cada capital foi dividido pelo total de eleitorado nessas cidades, em números divulgados na última segunda (30) pelo tribunal.

Em Palmas, as coligações ao Executivo municipal somaram um valor final de R$ 28,2 milhões na cidade que conta com 150.526 eleitores aptos votar. No Rio, a soma de teto das companhas atingiu os R$ 50,250 milhões –mas o valor foi dividido por 4.719.607 eleitores.

Palmas

Em Palmas, o candidato Marcelo Lelis (PV) declarou o maior teto de gastos, com R$ 10 milhões. Depois dele, vêm os tetos de R$ 5 milhões de Luana Ribeiro (PR), de R$ 5 milhões de Carlos Amastha (PP), de R$ 3,6 milhões de

Os cinco custos mais altos

Dr. Luciano (PRP), de R$ 3 milhões de Professor Adail (PSDC), R$ 1 milhão de Fábio Ribeiro (PT do B) e R$ 600 mil de Abelardo Gomes (PSOL).

A segunda capital com maior valor por eleitor, R$ 137,85, também fica na região Norte: Porto Velho (RO), onde as campanhas declararam teto de gastos de R$ 38,38 milhões na disputa por 278.410 eleitores.

Vitória (ES) ficou em terceiro, com R$ 112,38 (teto de R$ 28,7 milhões dividido por 255.367 eleitores), seguida por Boa Vista (RR), onde cada eleitor vale R$ 98,43 (R$ 18,03 milhões de tetos, 183.173) e Goiânia (R$ 79,5 milhões das campanhas por 850.777 eleitores).

Custo mais baixo

Entre as capitais onde a disputa por eleitor é mais barata, além do Rio aparecem Recife (PE), com R$ 28,43 --os R$ 29,05 milhões foram divididos por 1.169.678 de leitores --, Porto Alegre (RS), com R$ 28,43 --R$ 30,6 milhões para 1.076.263 de eleitores --, Teresina (PI), com R$ 30,64 --R$ 16,275 milhões das campanhas e 531.138 eleitores --e Belo Horizonte (MG), onde o valor de R$ 32,63 por eleitor advém do teto de R$ 60,7 milhões das campanhas majoritárias dividido pelos 1.860.172 de eleitores.

No Rio, a campanha que declarou maior estimativa de gastos foi a do candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), com R$ 25 milhões. A campanha de Rodrigo Maia (DEM) declarou teto de R$ 9 milhões, diante de R$ 7 milhões de Aspásia Camargo (PV), R$ 4,5 milhões de Otávio Leite (PSDB), R$ 2,5 milhões de Marcelo Freixo (PSOL), R$ 2 milhões de Fernando Siqueira (PPL), R$ 200 mil de Cyro Garcia (PSTU) e R$ 50 mil de Antônio Carlos (PCO).

Os cinco custos mais baixos

São Paulo

Maior colégio eleitoral do Brasil, com 8.619.170 votantes, a cidade de São Paulo tem também o maior valor declarado de gastos de campanha pelas coligações para a prefeitura: R$ 341,5 milhões. O cálculo desses valores, porém, deixa a capital paulista na 17ª posição de custo de voto mais elevado: R$ 39,62.

A soma das campanhas de São Paulo é puxada por cifras como os R$ 98 milhões de teto declarados pela campanha de José Serra (PSDB), além dos R$ 90 milhões de teto da campanha de Fernando Haddad (PT) ou os R$ 70 milhões da campanha de Gabriel Chalita (PMDB).

Segundo lugar nas últimas pesquisas de intenção de voto, mas empatado tecnicamente na liderança com Serra, Celso Russomanno (PRB) declarou limite de gastos R$ 30 milhões.

As demais campanhas apresentaram cifras de R$ 25 milhões --Miguel Manso (PPL) --, R$ 10 milhões –José Maria Eymael (PSDC) --, R$ 8 milhões -- Paulinho da Força (PDT) --, R$ 4,5 milhões --Soninha Francine (PPS)--, R$ 5 milhões --Levy Fidelix (PRTB) --, R$ 700 mil --Carlos Gianazzi (PSOL) --, R$ 200 mil --Ana Luiza Figueiredo (PSTU) – e R$ 100 mil --Anai Caproni (PCO).

 

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