10/04/2013 06h00 - Atualizado em 10/04/2013 09h01

Limpeza pública foi prioridade nos 100 dias, diz prefeito de Palmas

Carlos Amastha (PP) afirmou que cidade estava como 'lixão a céu aberto'.
Prefeito negocia com o governo federal verbas para obras na cidade.

Do G1, em Brasília

O prefeito eleito de Palmas, Calos Amastha (PP), em ato de campanha (Foto: Divulgação)O prefeito de Palmas, Calos Amastha (PP) (Foto:
Divulgação)

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), disse que a primeira tarefa de sua gestão foi "limpar a cidade". Em entrevista ao G1 sobre os 100 primeiros dias do mandato, ele afirmou que parecia um "lixão a céu aberto" e que o trabalho das equipes da prefeitura tem sido "enorme" na área da limpeza.

O prefeito afirmou que pretende lançar uma campanha educativa para que a população tenha "orgulho" da cidade limpa e colabore com a conservação do espaço público.

Empresário de origem colombiana, Amastha está no Brasil há 30 anos. Ele disse que se sente muito "empolgado" com o trabalho e que assumir a prefeitura "não é um bicho de sete cabeças".

Ele informou que negocia com o governo federal a liberação de verbas para obras em Palmas, dentro de programas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De acordo com o prefeito, a cidade já tem garantidos R$ 112 milhões para projetos de mobilidade urbana. Ele prevê ainda mais R$ 440 milhões para obras de pavimentação e drenagem.

O prefeito também comentou os planos para a economia local. Ele quer instalar um parque tecnológico em Palmas e atrair indústrias. Amastha diz trabalhar com a meta de gerar 5 mil empregos diretos até o fim do mandato.

Veja os principais trechos da entrevista:

G1 - Qual foi a primeira tarefa do governo nesses primeiros 100 dias de mandato?
Carlos Amastha -
A primeira coisa foi limpar a cidade. Palmas era um lixão a céu aberto. Quando nossas equipes vão roçar as áreas desocupadas, achamos geladeiras, sofás. O trabalho tem sido enorme na limpeza. Tenho a intenção de fazer uma campanha educativa, fazer que a população sinta orgulho da cidade limpa e colabore. A grande coisa que fizemos foi limpar e iluminar. Foram mais de 6 mil lâmapdas queimadas que trocamos. Na próxima segunda-feira (15), assinaremos com uma empresa de energia elétrica um projeto pra fazer 150 km de iluminação pública, para ser instalado ainda neste ano, nos proximos 120 dias. Nossa carência é de 240 km de rede de iluminação pública.

G1 - Como a prefeitura tem atuado para resolver outros problemas de infra-estrutura da cidade, como a pavimentação?
Amastha -
O trânsito para nossos projetos está sendo muito bom tanto no nível federal como estadual. No Ministério das Cidades, conseguimos o que queríamos com o PAC. Conseguimos agora colocar Palmas no PAC Mobilidade. Conseguimos alocar muitos recursos para drenagem, pavimentação. A gente já assinou  R$ 112 milhões para mobilidade urbana agora, no mês passado. Para pavimentação e drenagem pedimos R$ 440 milhões, que estão praticamente garantidos. Temos um desafio enorme com pavimentação e drenagem. Vinte e nove quadras na cidade não estão pavimentadas. Tem quadra com 17 anos e não tem pavimentação. Nós somos uma cidade de 20 anos, e os alagamentos que temos aqui, São Paulo não tem. É absurdo.

G1 - Como andam os projetos para tornar mais moderna a economia da cidade?
Amastha -
Estou focado na criação de um parque tecnológico e na atração de indústrias não poluentes para Palmas, para gerar emprego e renda. Cerca de 13% da população de Palmas são de jovens universitários. Temos espaço enorme para abrir para essa juventude dentro do perfil tecnológico. E, no momento, temos quatro grandes indústrias com interesse de instalar planta aqui na cidade. Uma delas já deve começar a funcionar em dezembro. O parque tecnológico  vai dar emprego qualificado e gerar produtos com valor agregado. As indústrias vão ocupar a mão-de-obra da cidade.

G1 - Quantos empregos devem ser criados nesse planejamento para a economia?
Amastha -
Tenho como objetivo nesses 4 anos gerar 5 mil empregos. Se fizer isso, resolvo o problema do emprego - 5 mil empregos diretos geram 3 mil indiretos. Inaugurada como capital política, Palmas sempre dependeu de emprego público. Hoje, mudou um pouco a realidade, com a vinda de grandes varejistas, mas a gente precisa de muito mais.

G1 - O que tem sido feito na área da segurança pública?
Amastha -
Segurança infelizmente é um tema estadual. Nossa guarda metropolitana é muito atuante, apesar de ser apenas patrimonial. Temos feito parceria com o estado na área de segurança. É uma preocupação grande com a segurança, não vamos permitir que piore. Vamos trabalhar muito no preventivo. Sabemos que muito do aumento da criminalidade é o crack, como em todo o Brasil. Criamos um conselho anti-drogas, temos dialogado com conselhos religiosos, para traçar estratégias de políticas públicas de combate às drogas, vamos fazer as parcerias possiveis. Vamos aprofundar muito o trabalho com organizações parceiras para combater a droga. Ainda na área de segurança, nos orgulhamos muito de ter diminuído em 50% o número de óbitos em acidentes de trânsito nos três meses do governo. Isso graças às nossas ações de conscientização e blitze da lei seca.

G1 - O que tem sido feito para resolver o problema do transporte público?
Amastha -
O transporte é um problema gravíssimo. Poucos horários, frota velha. Estou conversando com as empresas concessionárias para modernizar a frota e abrir o mercado. O primeiro embate é que eu já disse que este ano não tem aumento [de tarifa]. Também planejo  novas concessões. As empresas têm que se adequar às regras que o poder publico determinar.

G1 - Ao final desses primeiros 100 dias, qual é o balanço do trabalho na prefeitura?
Amastha -
Estou muito empolgado e satisfeito. Primeiro porque venho da iniciativa privada e tinha medo de que o bicho [setor público]  tivesse sete cabeças, e não tem. O que faltava nesta cidade era gestão, e isso a gente já superou. A gente já tem a cidade na mão. Conseguimos formar um secretariado de primeiríssima, um secretariado eminentemente técnico. São secretários técnicos ou vindos da inciativa privada. Formei uma equipe que está muito afinada e dando resultado.

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