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Palmas

Foto: Edu Fortes

Foto: Edu Fortes

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 4, para esclarecer detalhes do novo decreto municipal que determina o fechamento de todas as atividades não essenciais na capital a partir do próximo sábado, 6.

Entre apresentações da situação e epidemiológica do município e anúncio de abertura de leitos de estabilização e outras medidas, a prefeita comentou a respeito de retorno às aulas, situação de concursos públicos que seriam realizados na capital no período do fechamento e também a respeito da atuação dos governos estadual e federal no auxílio aos municípios durante a pandemia

Concursos

A suspensão das atividades não essenciais será, inicialmente, segundo a prefeitura, por um prazo de 10 dias. Neste período, seria realizado o concurso da Polícia Militar do Tocantins, com data marcada para o dia 14 de março.

“Pelo menos para os próximos dias, os concursos que estiverem organizados vão ter que se reprogramar. Dentro dessa data é impossível acontecer qualquer concurso público”, disse a prefeita que afirmou ter se reunido com o comando da PM para discutir o adiamento.

O Governo do Tocantins marcou entrevista coletiva para a tarde de hoje para comunicar mudanças referentes ao certame. A data provável de realização das provas é 4 de abril.

Aulas

A respeito da retomada das aulas, a prefeita informou que não há data prevista para reabertura de escolas na capital, tanto na rede pública, quanto privada.

A prefeitura tem sofrido pressão por parte das escolas particulares e também famílias que têm crianças matriculadas nestas instituições para que as unidades sejam autorizadas a reabrir. Mas, segundo a prefeita, isso só deve ocorrer quando o momento for considerado seguro. “Há contaminação nas escolas. Nós perdemos nove servidores da educação em 15 dias”, lamentou.

Política

Cinthia Ribeiro também criticou a falta de apoio dos governos estadual e federal no combate à pandemia. Em sua análise, a capital está isolada no que se refere à tomada de decisões mais austeras, como o último decreto.

Ribeiro afirmou que tem tomado iniciativas que deveriam ser de atribuição de outras esferas, como a articulação de ações em conjunto com outros prefeitos da região metropolitana da capital. “Nós contornamos isso entrando em atribuições maiores no vácuo da falta de ações”, afirmou.

Ela também criticou o negacionismo encabeçado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e citou a atuação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), como exemplo. “Lá [no Rio Grande do Sul] você vê o governador assumindo a frente de tudo e trazendo para si a responsabilidade. Com certeza as ações seriam mais eficientes se tivessem sido elaboradas junto”, avaliou a prefeita.