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Meio Ambiente

Nos últimos três meses foram registrados 754 km² de desmatamento na Amazônia Legal. O Estado que mais desmatou na região foi o Pará. Os dados são do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgados na terça-feira, 3.

Em novembro, dezembro e janeiro foram registrados, respectivamente, 355 km², 177 km² e 222 km² de desmatamentos por corte raso ou degradação progressiva.

Entre novembro e abril, meses em que a intensidade de nuvens na região amazônica prejudica a observação por satélites, são divulgados os dados apurados pelo Deter a cada trimestre.

Os números referentes aos meses de fevereiro a abril serão divulgados até o fim de maio. A análise é feita mensalmente no período seco, de maio a outubro.

Em dezembro, as nuvens chegaram a cobrir 86% da região. Em novembro, 63% da Amazônia Legal esteve encoberta e em janeiro, 76%. No trimestre, os desmatamentos registrados no Pará chegaram a 319 km² do total de 753 km². No Mato Grosso, nos três meses, o desmate atingiu 272 km².

Os mapas que indicam as áreas com nuvens, gráficos e tabelas com os números do desmatamento registrados pelo sistema em cada estado e em cada mês estão disponíveis no site do Deter.

Segundo o Inpe, em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização. O Inpe destaca que o Deter mostra apenas tendências do desmatamento.

Como sistema de alerta, o Deter mapeia tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, como áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. Os dados são organizados por município, estado, base operativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e unidades de conservação, para facilitar e agilizar as operações de fiscalização.

Mais informações: www.obt.inpe.br/deter

 

Da redação com informações Agência FAPESP