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Estado

Uma denúncia de prática de assédio moral no Hospital Regional de Gurupi foi averiguada e confirmada, segundo o Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins (Sindifato). Dois farmacêuticos daquela unidade de Saúde foram transferidos do setor de Farmácia para a recepção do hospital, sem nenhum documento formal, apenas por vontade da direção da unidade.

Em reunião ocorrida no início do mês de agosto, onde estavam presentes, o presidente do Sindifato, o farmacêutico Renato Soares Pires Melo e o Vice- presidente da entidade, o farmacêutico, Higo Marcio Saraiva Peixoto, a situação foi repassada pessoalmente ao secretário de Saúde, Francisco Melquiades Neto e ao Diretor de Recursos Humanos da Sesau, Kleber W. de Oliviera, que garantiram o retorno dos farmacêuticos ao setor de Farmácia já havia sido determinado.

O secretário estadual da Saúde, segundo o sindifato, classificou a situação como “um absurdo”. Entretanto, até o momento o problema não foi resolvido. A diretoria do Sindifato acredita que a direção do hospital não está cumprindo as determinações do secretario de Saúde.

As remoções, segundo o Sindifato, aconteceram sem nenhum documento formal, ou ato normativo publicado no Diário Oficial do Estado. Apenas por vontade da direção do hospital.

Procedimentos Legais

O Sindicato está formalizando os procedimentos legais para responsabilizar por Assédio Moral todos os envolvidos diretamente na transferência dos farmacêuticos da farmácia para a recepção da unidade. “Não sei o que mais absurdo, se é a falta de comunicação, se é a autonomia dos diretores de hospital ou se é a falta de noção dos serviços de uma unidade hospitalar. Se faltam profissionais para trabalhar, é atribuição do RH suprir estas necessidades. Os farmacêuticos não são e não irão “tapar buracos” na administração pública”, afirma o presidente do Sindifato.

Entenda o que é Assédio Moral no Trabalho

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados, associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o “pacto da tolerância e do silêncio” no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, “perdendo” sua auto-estima.

Da redação com informações Sindifato