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Polí­tica

Em pronunciamento feito na manhã desta quarta-feira, 29, na Assembleia Legislativa, o deputado Stálin Bucar (PR) defendeu o presidente regional de seu partido, senador João Ribeiro (PR), com relação às denúncias por trabalho análogo ao escravo, aceitas na última semana pelo Supremo Tribunal Federal.

Bucar, durante sua fala, acusou parte da imprensa de condenar o senador antes mesmo do julgamento por parte da suprema corte. “A gente percebe que parte dos meios de comunicação já condenou o senador antes mesmo do julgamento. O STF simplesmente aceitou as denuncias contra o senador”, completou.

O deputado, usando trecho do voto do ministro Gilmar Mendes, justificou as condições de trabalho que a justiça trabalhista acusou na Fazenda Ouro Verde, de propriedade do senador, no Pará. “As condições na fazenda dele, dos trabalhadores que prestam serviço lá, eram as mesmas que ele mesmo fica quando vai”, disse.

Já o ex-líder de governo, deputado José Bonifácio (PR), tentou minimizar as acusações contra o senador e frisou que os critérios para determinar que condições de trabalho análogas á escravidão precisam ser melhor definidas. “De todas as fazendas que eu já visitei, de Tocantinópolis a Filadélfia, se for fiscalizar, todos os chacareiros, fazendeiros seriam comparados a escravagistas por não darem água gelada, geladeira para seus funcionários”, comparou.

Além disso, o deputado ainda lembrou que as acusações contra o senador já passaram pela justiça trabalhista. Contudo, ao contrário do colocado por Bonifácio, João Ribeiro não foi absolvido das acusações por trabalho análogo ao escravo na fazenda Ouro Verde. Na ocasião, o senador teve de pagar multa de R$ 76 mil pela condenação na justiça do trabalho. O que acontece é que o valor da multa foi reduzido para 10% da penalidade anterior, de R$ 760 mil.

Além dos deputados do PR, João Ribeiro ainda recebeu apoio dos demais parlamentares presentes na sessão ordinária da manhã de hoje, na Assembleia Legislativa. Já a deputada Luana Ribeiro (PR), filha do senador, chegou ao plenário logo depois e não participou da discussão sobre as acusações contra João Ribeiro.