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Foto: Divulgação

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Mudanças nos padrões sociais vêm abrindo espaço para que as mulheres conquistem maior participação no mercado de trabalho. Até o século passado, muitas brasileiras não podiam trabalhar sem a autorização dos maridos ou pais. O quadro mudou radicalmente em todo o Brasil, incluindo o Tocantins.

No Governo do Estado, conforme dados da Secretaria da Administração, já são cerca de 27,5 mil mulheres trabalhando. O número representa 59% dos cerca de 46,3 mil funcionários públicos do Estado.

Além disso, o contingente de mulheres em cargos de chefia também é muito representativo e chega a cerca de 9,3 mil, ou seja, 34% (uma a cada três) do total de servidoras do Estado estão em algum posto de comanda.

As mulheres servidoras públicas estão por todos os setores e podem ser acompanhadas e observadas diariamente no ofício do seu trabalho pelas repartições do Estado.

Nos corredores do Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), está a assessora técnica Magna Regina Ferreira, 39 anos, conhecida popularmente e chamada por todos com muito carinho por “Nega”, uma profissional que vive em prol dos outros. Mulher que instiga seu lado social, fraterno e profissional. Assim Nega é chamada por pacientes, colegas e profissionais que passam pelo hospital. Filha adotiva, Nega atende por dia mais de 40 pessoas, com problemas e situações diferentes.

Ao falar sobre qual o tipo de tarefa que desempenha no HGPP, ela responde prontamente: “ajudo as pessoas”. Ela explica que procura entender e encaminhar as solicitações dos pacientes. “Ajudo de todas as formas. Desde agilizar o atendimento para um idoso, a procurar um lugar para um acompanhante se acomodar”, pontua ela. De acordo com colegas que acompanham Nega, a dedicação e o cuidado que ela tem com o trabalho é inspirador para todos. “Ela não faz distinção de sexo, cor, idade ou status. Com seu jeito carismático e alegre, atende a todos, sempre com um sorriso e uma solução”, relata uma colega de hospital.

A tenente Daniela Tavares Gomes da Silva, 27 anos, trabalha como bombeira há quase sete anos. Ela é uma das 49 mulheres, num contingente de 456 bombeiros que atuam no Comando do Corpo de Bombeiros do Tocantins.

A predominância na corporação é masculina, mas houve um crescimento nos últimos anos. Daniela atua no operacional do Comando e conta como foi a escolha pela profissão. Para ela, o gosto por exercícios físicos foi um atrativo para optar pela função. “Sempre gostei de atividades físicas e sabia que praticaria no meu serviço diário, por isso a escolha”, diz.

Mas Daniela revela que a dedicação de uma bombeira precisa ser maior. “Precisamos mostrar o tempo todo que somos capazes, porque somos mulheres”, destaca ela, lembrando de uma ocorrência de incêndio que participou, onde no fim do trabalho quando tirou o capacete, todos ficaram surpresos por ela ser mulher.