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Saúde

O caso da Enfermeira Marla Gomes da Silva, 29 anos, que foi picada por uma aranha armadeira durante repouso na sala de coordenação de enfermagem do Hospital Regional Público de Dianópolis, na madrugada desta quarta-feira, 17, figura a reivindicação do Sintras feita ao Governo no início do ano passado.

De acordo com outros profissionais do hospital que acompanharam o caso, após a enfermeira Marla ter sido diagnosticada por médico foi constatado que ela foi picada por uma aranha armadeira. A profissional estava em seu horário de descanso na sala de coordenação de enfermagem quando acordou e deparou com um quadro clínico preocupante. Ela foi atendida por profissional no próprio hospital, e após quadro agravar foi encaminhada para o Hospital Geral de Palmas e depois transferida para o Osvaldo Cruz.

Os sintomas apresentados no caso da enfermeira, que encontra-se  num quadro estável, foram confusão mental, complicação renal e neurológica, e ainda sangramento nasal.

O Sindicato diz que questionou ao Estado através de ofícios à falta de um espaço adequado para o descanso dos profissionais que laboram a noite em algumas unidades de Saúde estaduais. Outra reivindicação é a elaboração de documentos que regulam as condições de repouso nas unidades de saúde do Tocantins.

Desde o mês de janeiro do ano passado que o Sintras vem cobrando uma posição do Estado, mas até o momento não obteve nenhuma reposta sobre o assunto, alega o Sindicato.

O Sintras afirma ainda que o repouso é um momento importante que vem garantir o bem-estar do servidor e assegurar um atendimento de qualidade a população. Dessa forma o sistema de atividades e de repouso tem por finalidade encontrar um ponto de equilíbrio destinado a prevenir a fadiga do servidor e beneficiar o usuário.

Para o presidente do sindicato, Manoel Miranda, o repouso é importante para o desempenho dos profissionais durante o trabalho. “Isso também é saúde, os profissionais terem um local apropriado para repouso o que irá proporcionar um melhor desempenho no exercício da profissão em seus locais de trabalho”, frisa Miranda.

Aranha venenosa

Extremamente rápida, agressiva e venenosa, a aranha armadeira (também conhecida como aranha macaco ou aranha de bananeira) é considerada a aranha mais venenosa do mundo pela edição 2007 do Guinness.

Espécie tipicamente sul-americana, todas as oito espécies do gênero Phoneutria (assassina, em grego) conhecidas pela ciência, ocorrem no Brasil e, por isso, é chamada Brazilian wandering spider, em inglês. Essas aranhas produzem um potente veneno neurotóxico e picam furiosamente diversas vezes, quando incomodadas. Porém, o maior perigo que representam é sua proximidade com as áreas habitadas e a frequência com que elas entram nas casas, em busca de alimento e proteção, escondendo-se em roupas, sapatos e lugares escuros.

As armadeiras são responsáveis por 42% das picadas de aranha registradas no Brasil. Não por acaso, a espéciePhoneutria nigriventer é a que causa a maioria das intoxicações por veneno aracnídeo, justamente por ser comum na região sudeste, a mais populosa do país.

Além da dor intensa o veneno da armadeira, em homens, pode causar dolorosas ereções. Essas ereções podem durar horas e levar à impotência. Atualmente, um componente da toxina vem sendo estudado para uso no tratamento de disfunções eréteis.

Apesar da potência da toxina, raramente ocorrem casos graves de intoxicação em humanos, mesmo assim, para crianças com menos de seis anos e idosos, a picada de uma armadeira pode representar risco considerável de morte.

É sempre bom lembrar que, vítimas de animais peçonhentos devem ser rapidamente encaminhadas ao hospital ou posto de saúde mais próximos, se possível, com o espécime para facilitar a identificação e o tratamento. (Fonte: http://bocaberta.org/2010/03/a-aranha-maisvenenosa-do-mundo.html)