Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Cultura

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Única companhia profissional de dança folclórica do País em atividade, o Balé Folclórico da Bahia (BFB) parte para uma turnê inédita nas regiões centro-oeste, norte e nordeste do País para comemorar seus 25 anos de fundação. Depois de abrir sua turnê 2014 com apresentações em Rio Branco e Goiânia, a premiada companhia baiana apresenta seu espetáculo “Herança Sagrada – A Côrte de Oxalá”  em Palmas, no próximo dia 9 de abril, no Teatro Sesc Tocantins.

A parada seguinte é em São Luis, no Teatro Arthur Azevedo, nos dias 12 e 13 de abril. Para encerrar a temporada nacional, o Balé faz duas apresentações na sua própria cidade, Salvador, nos dias 25 e 26 de abril, no Teatro Castro Alves (TCA), encerrando a programação comemorativa do mês da dança, a convite do próprio teatro. A turnê conta com o patrocínio de O Boticário na Dança.

“O espetáculo já é consagrado internacionalmente, agora precisa ser conhecido pelos brasileiros”, afirma Walson Botelho, fundador e diretor geral do Balé, conhecido como Vavá Botelho. Em 2014, o Balé já tem agendadas também turnês na Europa e Ásia. Dentro da sua programação comemorativa, a companhia ainda lançará, em 2014, um livro bilíngue repleto de registros fotográficos e com um amplo conteúdo de pesquisa, que conta a sua história e a da dança popular na Bahia e no Brasil.

Em “Herança Sagrada”, os bailarinos reproduzem com fidelidade sequências de movimentos de alguns dos mais importantes rituais do Candomblé, numa coreografia baseada em danças do culto afro-brasileiro. No palco, 26 bailarinos, músicos e cantores apresentam movimentos vibrantes e sonoridade arrebatadora. 

A segunda parte do espetáculo reúne coreografias clássicas do repertório do Balé, que traduzem as mais importantes manifestações folclóricas baianas, em “Puxada de Rede”, “Capoeira” e “Samba de Roda”, além de “Afixirê”, coreografia inspirada na influência dos escravos africanos na cultura brasileira. O espetáculo,que já foi aplaudido nos Estados Unidos, Europa, Caribe, África e nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, conta com direção geral de Vavá Botelho e direção artística de José Carlos Santos (Zebrinha) e tem 90 minutos de duração. 

A companhia, aclamada mundialmente, já se apresentou em 24 países, mas ainda viaja muito pouco pelo Brasil. “A turnê só será possível graças ao patrocínio de O Boticário na Dança, desabafa Vavá Botelho. “Esta turnê representa um trabalho árduo desenvolvido durante 25 anos pelo Balé. Manter uma equipe que se dedica à dança em regime integral, com intenso preparo técnico, físico e muita pesquisa, é uma luta diária. Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”, afirma Vavá.

 O Balé arrebatou a admiração da poderosa Anna Kisselgoff, crítica de dançado The New York Times. "O prazer dos dançarinos, músicos e cantoras em fazer o que eles fazem sobre o palco é tão obviamente parte da vida deles que contagia todo o teatro”, escreveu Kisselgoff.  “Eu já assisti seus maravilhosos bailarinos em diferentes países, sempre se comunicando com o público. Crianças e adultos são tomados de imediato pelos ritmos e encantos de sua arte", declarou a jornalista numa das suas criticas para o jornal norte-americano.

Reconhecida pela Associação Mundial de Críticos como a melhor companhia de dança folclórica do mundo, o Balé Folclórico da Bahia já formou mais de 700 bailarinos. A maioria deles de origem muito simples, que aprenderam os primeiros passos de dança no Balé e hoje brilham em grandes companhias internacionais do mundo. “Além do trabalho artístico, temos uma função social”, destaca Vavá Botelho.

 Balé Folclórico da Bahia

O premiado Balé completou 25 anos em agosto de 2013 e já se apresentou em mais de duzentas cidades e 24 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Canadá, Dinamarca, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia e África do Sul, dentre outros.

Com sede no Pelourinho, em Salvador,atualmente, o BFB funciona em regime integral de seis horas de trabalho por dia. Os 40 integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas. O Balé também possui um segundo corpo de baile, que realiza espetáculos, diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.

O Boticário na Dança

A dança é a arte que transforma movimento em beleza. E por acreditar no poder transformador da beleza, O Boticário criou um programa de patrocínios a projetos culturais voltados exclusivamente para a essa área: O Boticário na Dança. A finalidade é fortalecer a produção cultural de grupos, criadores e artistas, e estimular a formação de plateia e talentos para a área.

Os apoios são direcionados a festivais, mostras, espetáculos, manutenção de companhias, livros e periódicos, sites, cursos, workshops, oficinas, palestras, fóruns, produção e exibição de vídeos, filmes e exposições. Projetos do Brasil inteiro, aprovados em leis de incentivo à cultura (Federal/MinC ou estaduais), podem se inscrever, e são selecionados por meio de um Edital lançado anualmente no site boticario.com.br/danca.

O Festival O Boticário na Dança é mais uma iniciativa do programa, criado para celebrar a cultura e oferecer ao público brasileiro o que há de mais belo, inovador e contemporâneo no cenário da dança. (Ascom Sesc)