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Polí­tica

Com presença de servidores públicos os deputados estaduais discutiram na manhã de hoje sobre a polêmica instalação da CPI do Igeprev. O deputado do PR, base do governo, José Bonifácio foi na tribuna comunicar que após analisar não vai mais retirar o nome da CPI do Igeprev. “Considerei os argumentos do deputado José Augusto plausíveis”, disse. Segundo Bonifácio os servidores demonstraram preocupação em ter uma resposta sobre a situação do Igeprev. “Senti uma necessidade que se precisa dar uma satisfação aos servidores e ao povo do Tocantins responsabilizando quem deve ser responsabilizado e inocentando quem deve ser inocentado”, frisou.

 O parlamentar pediu que os interesses político-eleitorais não sejam colocados em primeiro plano na averiguação. “Resolvi manter meu nome na CPi até porque não gostaria ser causa de se empatar uma investigação que se tem muito interesse no Estado e às vezes a gente tem que tomar decisões. Eu que sempre fui considerado um tratorzão, um ditador, um homem de decisões pessoais ouvi muita gente e democraticamente decidi por aquilo que a maior parte das pessoas desse Estado estão querendo ouvir”, disse.

 Sobre a defesa feita pelo deputado governista Stalin Bucar Bonifácio recomendou:“Defesa prévia pode dar nos costados de quem defende, condenação prematura tem também o mesmo efeito. Um homem de bom senso está no centro”, disse.

 O deputado estadual Eli Borges implorou aos deputados para que comecem os trabalhos da comissão para, segundo ele, desmascarar os desvios do órgão. “Estamos tentando implantar desde o ano passado. Não podemos permitir que o maior rombo previdenciário do Brasil passe em branco”, frisou

 Aragão questiona

 Na tribuna, Sargento Aragão (Pros) também falou do assunto e questionou ações do ex-senador Eduardo Siqueira Campos que foi presidente do Conselho de Administração do órgão. “Quais as condições e medo do governo se tem maioria dos deputados da comissão? Estamos há 66 dias da leitura da abertura da comissão”, disse. O parlamentar falou de uma série de fatos envolvendo o Igeprev e de aplicações que estão sendo investigadas pelo Ministério da Previdência.

 O deputado Wanderlei Barbosa (SD) foi indicado para a Comissão. “Quando o ex-senador foi convocado para ir ao Senado em nenhum momento ele foi citado nas escutas da Polícia Federal”, disse. “ Nós sabemos que as CPI’s que acontecem em ano eleitoral são para atacar o Governo. Não vou participar de uma CPI politizada”, disse.

 O deputado José Roberto Forzani do PT falou da demora para a instalação. “Há mais de nove meses a CPI já conseguiu as condições regimentais necessárias para ser instalada mas até agora não foi”, disse. Ele criticou o presidente da Casa de leis pela demora em fazer a indicação dos membros. “ O presidente da Assembleia é o principal descumpridor da lei”, disse.

 Ele acusou ainda que o atual presidente do órgão, Francisco Flavio, é um indiciado da quadrilha do Arruda e do Roriz por desfalque. “Porque nomeou um nome desse aqui no Igeprev se não for para maquiar contabilmente as coisas do Igeprev? Um homem que nem mora aqui no Estado”, disse.

 O atual presidente, que nunca se manifestou sobre a situação do Igeprev, já teve bens indisponibilizados por determinação do Banco Central durante investigação de comprometimento patrimonial e financeiro da empresa Rótula SA – Crédito, onde foi conselheiro e chegou a ser citado em outras investigações.