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Saúde

O levantamento mostra que 13 municípios estão em alerta contra a dengue

O levantamento mostra que 13 municípios estão em alerta contra a dengue Foto: Divulgação

Foto: Divulgação O levantamento mostra que 13 municípios estão em alerta contra a dengue O levantamento mostra que 13 municípios estão em alerta contra a dengue

Seis municípios do Tocantins apresentaram Índice de Infestação Predial (IIP) médio igual ou superior a 4,0%, conforme aponta o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Liraa) 2015. Esse é indicativo de risco, conforme aponta o levantamento, que investiga o percentual médio de focos positivos do mosquito Aedes sem estratos pré-definidos. O resultado do Liraa 2015 indica que os municípios de Araguaína, Dianópolis, Goiatins, Taguatinga, Tocantínia e Tocantinópolis estão em risco de epidemia.

O levantamento mostra ainda que 13 municípios estão em alerta, são eles, Araguaçu, Araguatins, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Colinas do Tocantins, Formoso do Araguaia, Guaraí, Gurupi, Miranorte, Natividade, Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso e Porto Nacional (Ver detalhamento de índices ao final). Incluindo Palmas, com IIP de 2,5% , percentual considerado de alerta. No mesmo período de 2014, a capital apresentou IIP de 6,8%, percentual considerado de risco.

Dengue

Em 2014, no Tocantins foram notificados 10.216 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 30% dos casos. Já em 2015, até o momento, foram notificados 2.296 casos suspeitos de dengue. Dos quais 272 casos foram confirmados.

“Um caso notificado leva até 60 dias para ter um diagnóstico fechado. Ainda assim, estamos observando no Tocantins, desde o ano passado, uma redução significativa nos casos de dengue, principalmente, por causa da imunidade adquirida pela população que, em geral, já teve contato com os quatro subtipos virais que já foram identificados em circulação na região”, esclarece a gerente estadual de Dengue, Febre Amarela e Febre Chikungunya, Christiane Bueno.

Enquadram-se no perfil clínico de caso suspeito de dengue aquele em que o indivíduo apresente quadro febril agudo, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas articulações ou manchas no corpo, associados ou não à presença de sangramentos ou hemorragias.

Governo orienta

Segundo explica a diretora de Vigilância Epidemiológica das Doenças Vetoriais e Zoonoses, Mary Ruth Glória, “a principal preocupação neste momento é alertar a população sobre a importância da eliminação de focos do mosquito Aedes, também como forma preventiva para possíveis casos da febre chikungunya”.

A doença foi introduzida no Brasil em 2014 e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus, cuja circulação também foi detectada no Liraa 2015. Até o momento, nenhum caso de febre chikungunya foi confirmado no Tocantins. “A orientação é válida principalmente porque há casos confirmados em estados vizinhos ao nosso”, acrescentou a diretora em referência aos estados da Bahia e Goiás.

A principal estratégia de prevenção contra a dengue é a retirada de quaisquer depósitos de água parada. Entre os principais tipos de criadouros do mosquito estão lixo, caixas d’água, vasos de plantas, pneus e outros objetos acondicionados sem devida cobertura.

Liraa

O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 6 de fevereiro em 22 municípios tocantinenses com o intuito de identificar indicadores da presença do mosquito transmissor da dengue. A metodologia do Liraa considera o número de focos positivos do mosquito encontrados a cada cem imóveis inspecionados.

Municípios

No Tocantins, participaram do levantamento deste ano os municípios a seguir listados:

Araguaçu (IIP: 2,2; Casos: 24; Incidência: 272,05; População: 8.822);

Araguaína (IIP: 6,9; Casos: 320; Incidência: 191,42; População: 167.176);

Araguatins (IIP: 1,6; Casos: 3; Incidência: 8,83; População: 33.963);

Augustinópolis (IIP: 1,1; Casos: 3; Incidência: 17,26 População: 17.386);

Axixá do Tocantins (IIP: 0; Casos: 1; Incidência:  10,34; População: 9.669);

Colinas do Tocantins (IIP: 3,3; Casos: 33; Incidência: 98,40; População: 33.535);

Dianópolis (IIP: 4,2; Casos: 16; Incidência: 76,67; População: 20.870);

Formoso do Araguaia (IIP: 2,7; Casos: 7; Incidência: 37,29; População:  18.773);

Goiatins (IIP: 5,6; Casos: 6; Incidência: 47,13; População: 12.730);

Guaraí (IIP: 3,5; Casos: 21; Incidência: 84,36; População: 24.892);

Gurupi (IIP: 1,7; Casos: 9; Incidência: 10,87; População: 82.762);

Miracema do Tocantins (IIP: 0,9; Casos: 45; Incidência: 225,74; População: 19.934);

Miranorte (IIP: 2,4; Casos: 10 Incidência: 75,57 População: 13.232);

Natividade (IIP: 1,3; Casos: 6; Incidência: 64,66; População: 9.279);

Palmas (IIP: 2,5; Casos: 1.024; Incidência: 385,82; População: 265.409);

Paraíso do Tocantins (IIP: 2,4; Casos: 69; Incidência: 142,54; População: 48.409);

Pedro Afonso (IIP: 0,8; Casos: 6; Incidência: 47,25; População: 12.698);

Porto Nacional (IIP: 1,8; Casos: 121; Incidência: 233,38; População: 51.846);

Taguatinga (IIP: 11,3; Casos: 2; Incidência: 12,43; População: 16.086);

Tocantínia (IIP: 5,5; Casos: 19; Incidência: 262,58; População: 7.236);

Tocantinópolis (IIP: 4,5; Casos: 25; Incidência: 107,98; População: 23.153);

Xambioá (IIP: 0,5; Casos: 3; Incidência: 25,59; População: 11.722). (Ascom Sesau)