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Campo

Foto: Ademir dos Anjos

O Sindicato das Indústrias Beneficiadoras de Arroz do Estado do Tocantins (Sindiato), filiado à Fieto, juntamente com a Secretaria Estadual da Agricultura (Seagro) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), realizou reunião na manhã desta sexta-feira, 08/05, na Agrotins, para tratar da cadeia produtiva do arroz no Tocantins. As dificuldades enfrentas pelo setor, produção, variedades, mercado e consumo foram os temas centrais dos debates entre os representantes das instituições envolvidas e produtores.

Levantar a realidade da cadeia produtiva do arroz no estado foi o principal objetivo do evento, considerando que o Tocantins é atualmente o maior produtor do grão na Região Norte do Brasil. De acordo com a Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), a produção da safra 2014/ 2015, cultivada por meio de irrigação e em terras altas, foi de 585 mil toneladas. Do total produzido, cerca de 30% é comercializado em casca diretamente pelos produtores para cerealistas dos estados de Goiás, Bahia e Ceará. Os 70% restantes são comercializados com as indústrias de beneficiamento do próprio estado.  

“Até pouco tempo dizia-se que a qualidade do arroz produzido no Tocantins não era compatível ao da Região Sul, esse era o nosso maior gargalo. Hoje a realidade é outra, a qualidade do nosso produto melhorou muito”, explica o empresário Ailton dos Santos, dono de uma cerealista em Palmas. Segundo ele, a questão do armazenamento, secagem e transporte, bem como a substituição dos antigos equipamentos por outros modernos, que era também um entrave para o desenvolvimento do setor, evoluiu consideravelmente nos últimos anos e atualmente o arroz do Tocantins tem a mesma qualidade do produzido nas outras regiões. “Esperamos que a Embrapa e outros órgãos que fazem pesquisas tragam novas tecnologias para que possamos aplicar no campo”, afirma Santos.

Prodoeste 

Na reunião sobre a cadeia produtiva do arroz tocantinense a Secretaria Estadual da Agricultura apresentou aos participantes o Prodoeste, considerado o maior projeto de irrigação, com apoio governamental, em área contínua do mundo. Ele foi concebido para garantir a irrigação o ano inteiro em 300.000 ha, somados a uma área de 100.000 ha já explorados, possibilitando colher a cada ano em uma área correspondente a 1 milhão de hectares.