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Foto: Divulgação

Uma equipe de inspetores da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) flagrou o laticínio Bem Bom armazenando leite e seus derivados para produzir e comercializar no Estado, mesmo após ter sido interditado no dia 15 de abril deste ano. A nova ação, que ocorreu na última sexta-feira, 29, partiu de denúncias de moradores da região e do monitoramento realizado pela Agência. O leite apreendido foi inutilizado no local e os produtos foram encaminhados ao aterro sanitário, em Palmas.

De acordo com os inspetores agropecuários, ao chegarem ao local flagraram um carro entrando com uma carga de leite e o motorista confirmou que o estabelecimento estava produzindo para enviar os produtos ao município de Porto Nacional. “Durante a vistoria encontramos os funcionários sem uniformes, os produtos sem nenhuma comprovação laboratorial e sendo fabricados sem os equipamentos necessários, pois estavam lacrados desde a primeira interdição”, relatou o inspetor da Adapec, Dwany de Souza Carvalho.

Na ocasião, foram encontrados 2,8 mil litros de leite, sendo que destes, a metade já estava em processamento e o restante no tanque de expansão, onde o leite é recepcionado, além de 100 kg de massa para queijo e 10 pacotes de queijo minas frescal. “Lavramos outro auto de infração, apreendemos os produtos e fizemos um relatório que será encaminhado ao Ministério Público Estadual para tomar as devidas providências”, explicou a inspetora agropecuária da Adapec, Kelly Alianny Araújo Martins Timbó.

Para o presidente da Adapec, Humberto Camelo, as ações contra a clandestinidade vão continuar em todo o Estado. ”Não podemos admitir que empresas desrespeitem a interdição e ponham em risco a saúde da população”, destacou.

A ação contou ainda com a participação do inspetor agropecuário da Agência, Gerson Afonso Faria Nascimento, e teve a parceria da Polícia Militar

Entenda

O estabelecimento foi interditado pela primeira vez no dia 15 de abril, pelo descumprimento das exigências previstas na inspeção estadual, por irregularidades documentais, higiênicos e estruturais, além da falta de recredenciamento, que lhe imputa clandestinidade. A empresa foi interditada por tempo indeterminado, até que se adequasse e cumprisse os programas de autocontrole e boas práticas de fabricação.

Naquela ocasião, foi constatada a falta das condições mínimas de higiênico-sanitárias para fabricação dos alimentos, o não cumprimento das análises de leites obrigatórios previstas na Instrução Normativa-IN º 62 do Ministério da Agricultura e do Decreto Estadual nº 343, entre outros.

O laticínio produzia queijo minas frescal, mussarela e leite pasteurizado, recebia mensalmente uma média de 38 mil litros de leite. Os produtos eram comercializados nos municípios de Porto Nacional, Miracema e Palmas. O estabelecimento foi multado em R$ 5 mil por ser reincidente e os equipamentos lacrados. (Ascom Adapec)