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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O deputado Paulo Mourão (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, destacou na sessão ordinária desta quarta-feira, dia 19, a prestação de contas do primeiro quadrimestre feita pelo secretário da Saúde, Samuel Bonilha, na tarde dessa terça-feira, dia 18, na Casa de Leis. Paulo Mourão observou que há um compromisso do governo em resgatar a qualidade dos serviços públicos de saúde, embora reconheça que há dificuldades inerentes neste sentido, uma vez que o atual governo herdou do governo anterior uma dívida de mais de R$ 354 milhões. “Somente em plantões extras somam mais de R$ 70 milhões essa dívida que foi paga”, destacou.

O deputado lembrou que o Estado tem que aplicar na saúde 15% do seu orçamento. “Nós aprovamos aqui mais de R$ 9 bilhões para 2015”, pontuou. “Isso representa R$  1,2 bilhão”, esclareceu. “No primeiro quadrimestre o governo já gastou 22,4% do montante, é esse descompasso, é esse desequilíbrio de gestão de pessoal que tem comprometido a saúde financeira do estado”, ponderou. “Dos 22,4% gastos no primeiro quadrimestre de 2015, 19,6% foram com pessoal e 2,8% com custeio e 0,01% foi o investimento dos quatro primeiros meses”, enumerou.

No entendimento de Paulo Mourão é preciso qualificar melhor os gastos com a saúde. “O que sugerimos foi que seja feita uma auditoria na folha da saúde, precisamos observar como estão funcionando os hospitais e as suas metas porque esses hospitais precisam dar resposta à sociedade, precisamos melhorar o gasto da saúde, melhorando os investimentos a parte do custeio e precisamos de forma serena e justa tentar diminuir essa despesa de pessoal porque não é possível de R$ 1 bilhão 206 millhões consumirmos a maior fatia que somam cerca de R$ 800 milhões somente com folha”, observou.

O deputado ponderou que o estado do Pará tem cerca oito milhões de habitantes, enquanto o Tocantins em torno de um milhão e meio de habitantes, no entanto as folhas têm valores próximos. “Lá gasta R$ 850 milhões, o Tocantins está gastando R$ 750 milhões e deverá a R$ 800 milhões só com pessoal. Então é uma matéria de discussão nessa casa, precisamos trazer esse assunto ao debate”, reiterou.

Paulo Mourão repetiu que para melhorar as finanças do estado é preciso dar equilíbrio entre receitas e despesas. “É por isso que o governador Marcelo Miranda tem tido essa capacidade de diálogo, de não ter nenhuma dificuldade em apresentar o momento difícil que este estado vivencia, mas termos a serenidade de apontar os rumos”, ressalvou.

Jantar com Governador

Paulo Mourão também comentou o jantar oferecido pelo governador Marcelo Miranda na noite desta terça-feira, dia 18, aos parlamentares da Casa. “ Foi um jantar para discussão de temas sobre informações do estado quanto às expectativas e perspectivas futuras, tanto em nível de estado como em nível nacional”, definiu. “O governador Marcelo Miranda foi extremamente atencioso e simpático”, descreveu. “Algo de alta relevância para nós que pudemos estar lá, alguns deputados tinham outros compromissos não puderam comparecer, mas quem participou viu um Governador descontraído, muito à vontade, falando de temas que causam preocupação ao estado, a um governante,  acima de tudo buscando opinião de todos, porque isso é o papel de um governante quando ele tem essa capacidade de diálogo”, avaliou. “Lá não estavam apoiadores do governador Marcelo Miranda, lá estavam pessoas que se comprometem em ver um estado melhorado, obviamente esta Assembleia se compõe de pessoas assim, e por isso as discussões têm sido de forma respeitosa, plural e muito consistente”, estimou.

Greve dos professores

Paulo Mourão havia proposto uma reunião dos deputados com a diretoria do Sintet no sentido de discutir uma medida para o fim da greve, ocorrida na tarde da última terça-feira, dia 18, sendo que não se chegou a nenhum acordo, ficando marcada uma audiência pública para esta quinta-feira, dia 20, às 9 horas na Assembleia Legislativa.